É preciso que as lideranças sociais, políticas e sindicais de vanguarda deixem por algum tempo as picuinhas que as dividem e somem esforços no sentido de fazer do dia 28 de abril o primeiro de uma série de imensas paralisações sequenciais no país. E que não haja uma desmobilização quando algumas migalhas forem oferecidas (pelo bando no poder) em troca do avanço das medidas legislativas que rasgam a Constituição Federal de 1988.
Por Robson Sávio Reis Souza
Todos devem se lembrar dos protestos ocorridos em 2013. Capitaneados
pela direita e pela mídia, especialmente a TV globo, as imensas
manifestações populares se constituíram no início do processo golpista.
Na ocasião se forjou toda uma narrativa para justificar a trama com
vistas a deslegitimar o governo e o Partido dos Trabalhadores e para se
iniciar o enredo que culminou num golpe sem canhões. Uma ruptura
democrática que levou ao poder um governo sem votos e cujo programa é
exatamente o oposto daquele que venceu nas eleições de 2014.
Nas democracias, mesmo as de baixíssima intensidade como a
brasileira, as massas populares nas ruas têm um poder descomunal. Quando
menciono as massas, não estou tratando de manifestações organizadas por
setores de direita e de esquerda. Essas foram abundantes (e
importantes) nos dois últimos anos, mas se limitam às disputas entre
esses dois segmentos. Quero me referir aos eventos públicos que envolvem
vários segmentos sociais, políticos e econômicos que se congregam na
luta por pautas comuns, ou contra um determinado regime ou governo.
É por isso que a greve anunciada para o próximo dia 28 de abril é tão
importante. Ao que tudo indica e até que enfim, parece que há uma união
de diversos segmentos da sociedade (sindicatos, partidos, movimentos
sociais e eclesiais) a se levantarem contra o bando que tomou o poder e
produz o maior assalto às riquezas e aos direitos dos brasileiros.
A greve do dia 28 tem potencial para iniciar uma reversão do golpe.
Se, realmente, os trabalhadores dos setores estratégicos da economia
cruzarem os braços e a população tomar as ruas poderemos, pela primeira
vez, vislumbrar uma reação popular ao golpe. O que não ocorreu até
agora.
É preciso que as lideranças sociais, políticas e sindicais de
vanguarda deixem por algum tempo as picuinhas que as dividem e somem
esforços no sentido de fazer do dia 28 de abril o primeiro de uma série
de imensas paralisações sequenciais no país. E que não haja uma
desmobilização quando algumas migalhas forem oferecidas (pelo bando no
poder) em troca do avanço das medidas legislativas que rasgam a
Constituição Federal de 1988.
Como todos percebem, a coalizão perversa que rouba os nossos direitos
e soberania tem presa para executar o trabalho sujo encomendado pelos
rentistas. Querem liquidar a fatura do golpe o mais rápido possível,
alterando a Constituição, eliminando a justiça do trabalho, eliminando
direitos sociais, trabalhistas e previdenciários, reduzindo
drasticamente a capacidade interventiva do Estado em benefício do
rentismo local e internacional, além de entregar o país numa condição
colonial aos usurpadores do Norte.
Como nenhuma instituição da república, lamentavelmente, tem as mãos
limpas para liderar processos de enfrentamento da coalizão golpista,
somente as grandes massas populares nas ruas poderão sinalizar ao bando
no poder que o povo não aceitará a agenda neoliberal que está em curso.
É preciso aproveitar desse evento para o início de uma grande
concertação nacional, respaldada pela população, para a superação do
golpe. Essa concertação deve ter como fulcro não necessariamente um
candidato ou partido, mas uma agenda que priorize eleições diretas e a
convocação de uma nova constituinte para reformar os sistemas político,
de justiça, de mídia e de tributação, entre outros.
Fonte Brasil 247
GREVE GERAL CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA, TERCEIRIZAÇÃO E A REFORMA ANTITRABALHISTA. CONTRIBUA PARA O SUCESSO DA MOBILIZAÇÃO, POIS, É A SUA APOSENTADORIA E SUAS GARANTIAS TRABALHISTAS QUE SERÃO CORTADAS SE A REFORMA DA PREVIDÊNCIA E DA CLT FOREM APROVADA. É HORA DE MOSTRARMOS QUEM MANDA NESSE PAÍS. REPASSE PARA O MAIOR NÚMERO DE PESSOAS, POSTE NAS REDES SOCIAIS. DIGA NÃO À ESCRAVIDÃO!
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