Serra e Aécio sabem que estão liquidados. Uma coisa era sonhar com o Planalto em 2018. Outra é acordar com o menino Doria na cama, querendo mamar.
Serra aparece em nova delação e vê sua carreira na mesma vala que a de Aécio
Por Kiko Nogueira
Quis o destino que José Serra
terminasse a carreira na mesma vala do arqui inimigo Aécio Neves, aquele
para quem encomendou o clássico artigo “Pó pará, governador” no Estadão, clássico absoluto da maldade política.
O ex-executivo da Odebrechet
Pedro Novis disse em delação premiada que Serra abocanhou 2 milhões de
euros em caixa 2 para sua campanha para governador de SP em 2006.
O dinheiro foi depositado entre 2006 e 2007 em contas na Suíça indicadas pelo empresário José Amaro Pinto, ligado ao PSDB. O valor corrigido, conta a Folha, chega a 5,4 milhões de reais.
Serra aparece novamente nas manchetes da mídia amiga no bojo de um grande escândalo.
Em outubro de 2016, a Odebrecht
apontou aos investigadores da Lava Jato que ele recebera 23 milhões de
reais, igualmente em caixa 2, para a campanha presidencial de 2010.
A negociação foi feita pelos ex-deputados federais Ronaldo Cezar Coelho e Márcio Fortes.
Pedro Novis garantiu que “não foi exigida contrapartida” de Serra — e você acredita se quiser.
Há coisas que não precisam ser proferidas em voz alta. Se
o seu patrocinador entrega um envelope com essa erva, ele não precisa
explicar que espera que você haja de acordo. Não tem bobo no futebol.
Lula está sendo submetido a um
massacre há três anos, mas algo o ajuda nesses momentos: ele sempre
esteve na mira, com intervalos curtos de calmaria. Serra, não.
José Serra passou por um exílio
no Chile, onde conheceu a ex-mulher, Monica, e depois teve toda a
blindagem e o auxílio necessários para que ficasse sossegado para fazer o
que sempre quis nos cargos públicos que ocupou.
Se não tivesse tantos amigos na imprensa, a
corrupção já teria emergido. Surge com força agora porque tudo tem
limite. Até Serra e Aécio.
A ambição de disputar a
presidência em 2018, eventualmente no PMDB, era a razão para topar a
chancelaria do golpe. Viu que era um barco furado e pediu o chapéu,
alegando uma dor nas costas barbosiana.
Voltou para o Senado, deixou em
seu lugar o destemperado Aloysio Nunes e tentou se esconder, mas o
passado teima em não ficar quietinho.
Serra e Aécio sabem que estão
liquidados. Uma coisa era sonhar com o Planalto em 2018. Outra é acordar
com o menino Doria na cama, querendo mamar.
https://www.facebook.com/antoniocavalcantefilho.cavalcante
Visite a pagina do MCCE-MT
www.mcce-mt.org
Visite a pagina do MCCE-MT
www.mcce-mt.org