A disputa ganhou novo capítulo nesta terça-feira com mais ataques de Olavo ao ministro da Secretaria de Governo, general da reserva Carlos Alberto Santos Cruz."O Santos Cruz, politicamente analfabeto, não sabe nem mesmo a distinção
entre governo e Estado. Quem governa é o presidente sim, Santos Cruz, disse Olavo.
O presidente Jair Bolsonaro disse
esperar que a crise entre o escritor Olavo de Carvalho e militares que
integram o governo seja "página virada", mas a disputa ganhou novo
capítulo nesta terça-feira com mais ataques de Olavo ao ministro da
Secretaria de Governo, general da reserva Carlos Alberto Santos Cruz.
Bolsonaro afirmou, em publicação no
Twitter, que o trabalho do autor "contra a ideologia insana que matou
milhões no mundo e retirou a liberdade de outras centenas de milhões" é
reconhecida por ele e contribuiu muito para que chegasse à Presidência.
"Sempre o terei nesse conceito, continuo admirando o Olavo", disse Bolsonaro, acrescentando esperar o fim da crise.
"Quanto aos desentendimentos ora
públicos contra militares, aos quais devo minha formação e admiração,
espero que seja uma página virada por ambas as partes."
Apesar da afirmação do presidente, Olavo retomou os ataques aos militares do governo, em especial contra Santos Cruz.
"Os generais, para voltar a merecer o
respeito popular, só têm de fazer o seguinte: arrepender-se, pedir
desculpas e passar a obedecer o presidente sem tentar mudar o curso dos
planos dele. É simples", disse o escritor no Twitter.
"O Santos Cruz, politicamente
analfabeto, não sabe nem mesmo a distinção entre governo e Estado. Quem
governa é o presidente sim, Santos Cruz. O Legislativo legisla e o
Judiciário julga. Governar, só o Executivo governa", acrescentou.
Até o momento, a resposta mais dura
dos militares a Olavo partiu do general da reserva Eduardo Villas Bôas,
ex-comandante do Exército, que classificou o escritor de "Trótsky de
direita", sem "princípios básicos de educação e respeito" e como alguém
que age para "acentuar as divergências nacionais".
Um dos nomes mais respeitados nas
Forças Armadas, o general, hoje assessor especial do ministro do
Gabinete de Segurança Institucional, general da reserva Augusto Heleno,
também afirmou, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo publicada
nesta terça-feira, que Olavo "presta enorme desserviço ao país".