O jornal da família Frias, que apoiou o golpe de estado de 2016 contra a
ex-presidente Dilma Rousseff e a eleição fraudada de 2018 sem a
participação do ex-presidente Lula, apela neste domingo para que o
Legislativo e o STF contenham os ímpetos autoritários do projeto
neofascista de Jair Bolsonaro, que só chegou ao poder com a conivência
da mídia corporativa
O jornal Folha de S. Paulo, que em 2016 apoiou a
destruição da democracia brasileira com o golpe de estado contra a
ex-presidente Dilma Rousseff e apenas três anos depois se tornou alvo da
ira neofascista do bolsonarismo, apela neste domingo para que os
poderes Legislativo e Judiciário contenham o projeto neofascista que se
tenta implantar no Brasil.
"Os reiterados flertes do governo Jair Bolsonaro com símbolos
autoritários ampliaram o clima de desconfiança no Legislativo e no
Judiciário e reforçaram a avaliação nesses dois Poderes de que a
estabilidade e a segurança jurídica e institucional do país dependem,
cada vez mais, do Congresso e do STF (Supremo Tribunal Federal) —e menos
do Palácio do Planalto", aponta a principal reportagem deste domingo do jornal da família Frias, assinada pela jornalista Thais Arbex.
"A reação imediata dos presidentes do Supremo, Dias Toffoli, e da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), à fala do ministro Paulo Guedes
(Economia) sobre o AI-5 teve caráter quase que pedagógico, avaliam
congressistas e ministros das cortes superiores", aponta ainda a
jornalista, que diz que "Toffoli e Maia atuaram para estabelecer
limites, freando a escalada da retórica autoritária do governo."
A realidade, no entanto, aponta que os principais veículos da mídia
corporativa vivem uma situação esquizofrênica no Brasil. Apoiaram o
golpe de 2016 para que fosse implantado um projeto neoliberal na
economia, mas lamentam que este mesmo projeto esteja sendo implantado
com tintas autoritárias e neofascistas – sem se dar conta de que
neoliberalismo e democracia talvez sejam incompatíveis nos dias atuais.
Fonte Brasil 247
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