No primeiro dia de Greve Geral, milhares de trabalhadores vão as ruas protestar contra arrocho salarial e contra privatização dos serviços públicos
Sintep/MT
Cerca de 15 mil servidores públicos foram para as ruas de Cuiabá,
nesta terça-feira (31.05) no primeiro Ato que marca a Greve Geral
unificada no Estado de Mato Grosso pelo cumprimento da Revisão Geral
Anual (RGA) Já! A Educação marcou o movimento paredista com a Caminhada
de cinco quilômetros, em Defesa e Promoção da Escola Pública e Contra a
Privatização dos Serviços Públicos.
O grupo de trabalhadores/as da Educação, somados aos estudantes
secundaristas, percorreu o trajeto da Praça Ipiranga - no Centro - até o
Palácio Paiaguás (Centro Político e Administrativo). Os manifestantes
cobravam o fim da privatização implantada pelo Governo Taques, por meio
da empresa MTPAR, e contra o arrocho salarial, praticado ao negar o
pagamento do RGA que fere o cumprimento integral da Lei 510/2013. E
mais, pela apresentação de um calendário para Concurso Público.
Para o presidente do Sintep-MT, Henrique Lopes do Nascimento, não é
difícil de negociar o fim da greve. É preciso apenas que o Governo
apresente um calendário para Concurso Público, já que a Educação está
com mais de 60% dos profissionais contratados. Além disso, cobram o fim
da política de privatização para o setor de serviços, gestão e
administração das escolas. “Se é verdade que ele não irá privatizar a
educação então é só assegurar o Concurso Público para completar o quadro
de profissionais das escolas”.
RGA
O Fórum Sindical volta a se reunir nesta quarta-feira (01.06) para
debater a criação de um acampamento para o período de greve. Nele seriam
centralizadas as informações para os servidores enquanto aguardam
“propostas inovadoras do Governo”. Para Nascimento o que não é aceitável
é a proposta, no mínimo, indecente feita pelo Governo. “Os 11,27% é um
direito dos servidores, assegurado em Lei. Defendemos a Lei. E para um
governo que se diz legalista é fundamental que garanta cumprimento dessa
Lei”, disse.
Os membros do Fórum esperam que a nova contraproposta assegure a
integralidade da recomposição inflacionária. E, se houver proposta de
parcelamento, ao menos que garanta o pagamento no exercício de 2016, sem
perda de direito financeiros, assegurando os retroativos.
Estudantes
A passeata apresentou mais do que a revolta dos servidores, revelou o
significado da cidadania, nas demonstração da parceria dos estudantes
pelo direito da Escola Pública e Gratuita. Durante a passeata recitavam
palavras de ordem, entoando frases como: “Unificou, Unificou, (a luta) é
estudante, funcionários e professor.
O último balanço notificado pela Associação Matogrossense de
Estudantes revelou que 18 escolas foram ocupadas pelos alunos, no
Estado, na luta contra a política privatista do Governo Taques.
Fonte Sintep/MT
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