Não demora muito e estaremos entregando nossas riquezas de “mão beijada”, abrindo mão da soberania e de efetuar investimentos em escola e educação, para dar dinheiro aos muito-ricos. Aliás os Golpistas já decidiram: gastança com juros para bancos são ilimitadas, mas estão congelados os investimentos em hospitais e escolas pelos próximos anos.
Por Vilson Nery
A lição que os golpistas brasileiros dão
ao mundo é de que é muito fácil desestabilizar um país enorme como o
nosso, entregar com facilidade as riquezas aos rentistas do primeiro
mundo (deixando os muito-ricos ainda absurdamente mais-ricos), e acabar
com a Democracia com poucos (e bem planejados) movimentos.
Como se sabe houve a formação de um
consórcio entre alguns partidos políticos derrotados nas eleições de
2014: PSDB, DEM e PPS à frente, que se uniu à uma parte medrosa do
judiciário e com algumas estruturas herdadas da ditadura militar,
polícia federal e alguns procuradores da república juntos, para
conspirarem contra o país.
O nosso PIB (Produto Interno Bruto), as
riquezas somadas do país, era de U$ 462 bilhões de dólares em 1990;
subiu para U$ 644,7 bilhões de dólares em 2000; saltou para U$ 2,477
trilhões dólares em 1990. Sim eu escrevi trilhões de dólares, ou seja: o
Brasil ficara 400% mais rico em dez anos, e em 2013 o PIB do nosso país
estava em U$ 2,246 trilhões de dólares.
Isso significa que estávamos em 2013
lado a lado com a Índia e o Reino Unido, que agrega Inglaterra, Irlanda
do Norte, Escócia e País de Gales, formando o Reino Unido da
Grã-Bretanha e Irlanda do Norte.
O país esteve em ascendência nos últimos anos.
Em 2014 houve a decisão política de
tocar o Golpe contra Democracia, e em 2015 uma crise mundial do petróleo
refletiu no Brasil, e sob o patrocínio da FIESP, Revista Veja e Rede
Globo, o crime contra a Constituição foi consolidado.
Foi mais fácil o Golpe do Brasil que o similar no Paraguai e Honduras.
Mas o Brasil é grande, portanto os
efeitos aqui também são monstruosos, já há desemprego, as contas
públicas estão desequilibradas, prefeituras e estados decretando estado
de calamidade, e o país perdendo rapidamente a sua credibilidade
internacional.
Não demora muito e estaremos entregando
nossas riquezas de “mão beijada”, abrindo mão da soberania e de efetuar
investimentos em escola e educação, para dar dinheiro aos muito-ricos.
Aliás os Golpistas já decidiram: gastança com juros para bancos são
ilimitadas, mas estão congelados os investimentos em hospitais e escolas
pelos próximos anos. Só se fala em punir os pobres, mas cobrar impostos
dos ricos, inclusive sobre as grandes fortunas, é assunto proibido.
Mas os Golpistas erraram “na mão”, era
só para derrubar a Dilma e aprovar leis legalizando pedaladas, acabando
com a lava jato e perdoando os criminosos que roubaram o país desde há
muito tempo.
O Golpe quebrou o Brasil.
Há desemprego generalizado, prefeituras
estão a pão e água, alguns estados ensaiam o decreto de calamidade
pública por falta de perspectivas, e se ameaça uma greve geral nos
serviços públicos. Imaginemos hospitais sem enfermeiros, escolas sem
professores e delegacias sem hospitais. É o começo do fim, guerra civil e
bagunça generalizada. Os membros das instituições que não respeitaram a
Democracia (Magistratura e Ministério Público a frente), oriundos da
“Casa Grande”, serão de novo chamados a agredir e encurralar os da
“Senzala”, mas lá vai um alerta, com gente de “barriga vazia” não haverá
diálogo!
Sinceramente, isso era previsto: um golpe para dar poder a bandidos!
Eu não tive culpa, desde sempre fui contra o Golpe e a favor da Democracia.
Vilson Pedro Nery, advogado Especialista em Direito Público e Mestrando em Direito pela UFMT
Fonte Fat&Notícia
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