quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

NATAL - A Farsa Capitalista


Mais uma vez as pessoas correm para as lojas, para que com o seu mísero salário adicional de fim de ano, possam também ter a sua participação nas "maravilhas da economia de mercado", engordando cada vez mais as contas bancárias da burguesia, tendo sua participação ativa no processo de fortalecimento da exploração do Homem pelo Homem... 

Chega o Natal, e o mercado mais uma vez dá o seu golpe de misericórdia, investindo pesado em propaganda e marketing. A TV exibe toda uma ilusão de Primeiro Mundo, fazendo com que a população se esqueça dos R$ 465,00 do salário mínimo, das favelas, da fome generalizada, dos milhares de sem teto e de toda estrutura social fundamentada na EXPLORAÇÃO.

Mais uma vez as pessoas correm para as lojas, para que com o seu mísero salário adicional de fim de ano, possam também ter a sua participação nas "MARAVILHAS DA ECONOMIA DE MERCADO", ENGORDANDO CADA VEZ MAIS AS CONTAS BANCÁRIAS DA BURGUESIA, tendo sua participação ativa no processo de fortalecimento da exploração do Homem pelo Homem...


O Natal é um momento em que todas as pessoas tornam-se repentinamente "BOAS", esta bondade cristã regada de pura hipocrisia. Este fenômeno dura pouquíssimo tempo, pois ao término da festividade, tudo volta ao normal. O contraste no mundo em que vivemos é gritante; dia a dia o abismo entre riqueza de poucos e a miséria absoluta da maioria, está aumentando em proporções assustadoras!!!!!!!!!!!!!

O povo dorme, embriagado pelos valores da moral Burguesa.



QUANDO IRÃO ACORDAR??????????????

Fonte: Disturbio Mental

Leia Mais: 

Natal substitui o sentimento de fraternidade pela comilança indigesta




 Por Mário Maestri

Não festejo e me faz mal o natal por diversas razões, algumas fracas, outras mais fortes, algumas pessoais, outras sociais. Primeiro, sou ateu praticante e, sobretudo, adulto. Portanto, não participo da solução fácil e infantil de responsabilizar entidade superior, o tal de "pai eterno", pelos desastres espirituais e materiais de cuja produção e, sobretudo, necessária reparação, nós mesmos, humanos, somos totalmente responsáveis.

Sobretudo como historiador, não vejo como celebrar o natalício de personagem sobre o qual quase não temos informação positiva e não sabemos nada sobre a data, local e condições de nascimento. Personagem que, confesso, não me é simpático, mesmo na narrativa mítico-religiosa, pois amarelou na hora de liderar seu povo, mandando-o pagar o exigido pelo invasor romano: "Dai a deus o que é de deus, dai a César, o que é de César"!

O natal me faz mal por constituir promoção mercadológica escandalosa que invade crescentemente o mundo exigindo que, sob a pena da imediata sanção moral e afetiva, a população, seja qual for o credo, caso o tenha, presenteie familiares, amigos, superiores e subalternos, para o gáudio do comércio e a tristeza de suas finanças, numa redução miserável do valor do sentimento ao custo do presente.

Não festejo e me desgosta o natal por ser momento de ritual mecânico de hipócrita fraternidade que, em vez de fortalecer a solidariedade agonizante em cada um de nós, reforça a pretensão da redenção e do poder do indivíduo, maldição mitológica do liberalismo, simbolizada na excelência do aniversariante, exclusivo e único demiurgo dos bens e dos males sociais e espirituais da humanidade.

Desgosta-me o caráter anti-social e exclusivista de celebração egoísta que reúne apenas os membros da família restrita, mesmo os que não se frequentaram e se suportaram durante o ano vencido, e não o farão, no ano vindouro. Festa que acolhe somente os estrangeiros incorporados por vínculos matrimoniais ao grupo familiar excelente, expulsos da cerimônia apenas ousam romper aqueles liames.

Horroriza-me o sentimento de falsa e melosa fraternidade geral, com que a grande mídia nos intoxica com impudicícia crescente, ano após ano, quando a celebração aproxima-se, no contexto da contraditória santificação social do egoísmo e do individualismo. Tudo muito parecido aos armistícios natalinos das grandes guerras que reforçavam, e ainda reforçam o consenso sobre a bondade dos valores que justificavam o massacre de cada dia, interrompendo-o por uma noite apenas.

Não festejo o natal porque, desde criança, como creio que também para muitíssimos dos leitores, a festa, não sei muito bem por que, constituía um momento de tensão e angústia, talvez por prometer sentimentos de paz e fraternidade há muito perdidos, substituindo-os pela comilança indigesta e a abertura sôfrega de presentes, ciumentamente cotejados com os cantos dos olhos aos dos outros presenteados.

Por tudo isso, celebro, sim, o Primeiro do Ano, festa plebeia, aberta a todos, sem deus, sem pátria, sem patrão e, sobretudo, sem discursos melosos, celebrada na praça e na rua, no virar da noite, ao pipocar dos fogos lançados contra os céus. Celebro o Primeiro do Ano, tradição pagã, sem religião e cor, quando os extrovertidos abraçam os mais próximos e os introvertidos levantam tímidos a taça aos estranhos, despedindo-se com esperança de um ano mais ou menos pesado, mais ou menos frutífero, mais ou menos sofrido, mas objetivamente vivido, na certeza renovada de que, enquanto houver vida e luta, haverá esperança.

Este texto foi publicado originalmente no La Insignia, um site espanhol. Mário Maestri  é historiador marxista brasileiro.


Leia mais: 

Para que serve o Natal?

 

O Significado do Natal

 

Um soco no estomago do mesquinho espirito natalino burguês.

 

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