Fátima Lessa – O Estado de S.Paulo
Cinco deputados “fichas-sujas” de Mato Grosso licenciaram-se logo após a posse, ontem, para assumirem cargos no governo do Estado. Os deputados estaduais Teté Bezerra (PMDB), Antonio Azambuja (PP) e João Malheiros (PR) e os federais Pedro Henry e Eliene Lima, ambos do PP, são réus em ações que tramitam na Justiça. Os parlamentares respondem por crimes que vão desde improbidade administrativa, lavagem de dinheiro, peculato, formação de quadrilha e corrupção ativa e passiva a desvio de dinheiro publico. Todos eles negam as acusações.
Os três deputados estaduais assumiram pastas que estarão ligadas diretamente à realização da Copa de 2014: Desenvolvimento e Turismo, Esportes e Cultura. Já Pedro Henry assumiu a Secretaria de Saúde e Eliene Lima, a recém-criada Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia.
Comando. O deputado José Riva (PP) foi eleito presidente da Mesa Diretora da Assembleia de MT com apenas um voto contra. Desde 1999, Riva se reveza entre a presidência e a primeira secretaria. Ele responde a 166 ações civis públicas por peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha e foi condenado em quatro processos.
Fonte: Estadão
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‘Ficha-sujas’ representam mais da metade dos deputados de MT
por Andréa Haddad
Mais da metade dos deputados estaduais de Mato Grosso que tomam hoje (1º) são considerados “ficha-sujas”. Segundo levantamento do Estadão, 13 dos 24 parlamentares têm processos na Justiça ou no Tribunal de Contas do Estado.
Lançado à presidência em chapa única, que será referendada em votação nesta manhã, José Riva (PP) é o recordista em processos. Responde a 166 ações civis públicas por peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. As denúncias do Ministério Público Estadual (MPE) já levaram o parlamentar a ser condenado em quatro processos pelo juiz da Vara Especializada da Ação Civil Pública,Luiz Aparecido Bertolucci.
Ao que parece a criação da Lei da Ficha Limpa não foi suficiente para “limpar” a Assembleia Legislativa de Mato Grosso de parlamentares com condenações com trânsito em julgado. Riva, por exemplo, teve o mandato cassado por suposta compra de votos nas eleições de 2006. A condenação só foi expedida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) no ano passado, o que culminou com a saída do progressista da presidência da AL-MT.
Mesmo assim, Riva conseguiu obter o registro de candidatura e ainda comemora os 93.594 votos obtidos na eleição de outubro do ano passado. Agora vai assumir pela quinta vez o comando da Mesa Diretora, responsável por administrar orçamento superior a R$ 150 milhões.
O republicano Mauro Savi substituiu Riva na presidência da AL-MT, após a cassação do mandato do progressista, mas não teve força suficiente para emplacar a reeleição. Pelas articulações de bastidores, terá que se contentar com a 2ª secretaria, enquanto Dilmar Dal Bosco (DEM), eleito por uma chapa de oposição ao governo Silval Barbosa (PMDB), e Airton Português, aliado do peemedebista, devem ficar com as 3ª e 4ª secretarias, respectivamente.
Romoaldo Júnior, aliado de primeira hora de Silval, que se empenhou pessoalmente durante a campanha na eleição do amigo, é cotado para assumir a 1º vice-presidente. Ele deverá acumular a função na Mesa Diretora com a de líder do governo na Casa. O ex-presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, Luiz Marinho (PTB), deve assumir a 2ª vice-presidência. O petebista é investigado pela contratação de quatro empresas “fantasmas” e 10 que forneciam notas fiscais para o parlamento cuiabano entre 2003 e 2004.
Fonte: Prosa e Política
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