quinta-feira, 9 de agosto de 2012

A “Política” dos Porcolíticos


“A diferença entre propaganda e publicidade para fins eleitorais é grande. A propaganda é o debate, a difusão de ideias, de propostas. Já a publicidade é um enlatado, uma embalagem sem conteúdo, retratos `fotoshopados` para enganar os incautos. Puro produto comercial, quase sempre da pior qualidade”.( Antonio Cavalcante Filho)


A “Política” dos Porcolíticos


Por Antonio Cavalcante Filho* 

Mal começou a “propaganda eleitoral”, nas ruas da “Cidade Verde”, já podemos atribuir nota zero para os itens: “Educação Ambiental”, “Cidade Limpa”, “Respeito aos Cidadãos” e principalmente para o item: “A Boa Política”.

O político verdadeiro é aquele que é zeloso e tudo faz para que o seu município fique cada vez mais limpo, bonito e agradável para quem nele vive. Isso significa dizer que, o verdadeiro POLÍTICO zela com carinho do bem-estar do seu povo. 


"Ao se permitir que alguns gastões emporcalhem a cidade com banners, cavaletes, displays, minidoors, é aceitar a pior de todas as ditaduras: a ditadura do poder econômico, o império do “quem puder mais chora menos”(Antonio Cavalcante Filho)

O candidato honesto que quer ser eleito não polui a sua cidade com esses horríveis cavaletes ou com a barulheira estridente dos alto-falantes. Não tenha dúvidas de que quem desrespeita a cidadania agora desrespeitará muito mais depois. 

A grande ironia de tudo isso está no fato de que muitos destes politicóides, que agridem sonoro e visualmente o meio ambiente, são os mesmos que em suas políticas públicas prometem cuidar do meio ambiente e da felicidade dos cidadãos. Talvez em suas demagogias ou miopia intelectual não consideram estas publicidades poluidoras, como um grave desrespeito a todos nós e até mesmo uma profunda contradição com as suas próprias promessas de campanha. 


"Propagandear é propagar uma ideia, um discurso, um debate, é chamar todos os atores sociais para discutir o problema da rua esburacada, do hospital que “fechou as portas”, do orçamento insuficiente para o tratamento de drogados e da carência de postos de trabalho. Temas altamente relevantes ao cidadão"(Antonio Cavalcante Filho)


Tudo isso mostra que esses números e rostos de sorrisos amarelados estampados nos cavaletes não evoluíram em nada. Não conseguem sequer entender que a verdadeira política é como diria Aurélio Buarque de Holanda: “a arte de bem governar os povos”. Portanto, uma arte sublime inspirada para conduzir o povo à felicidade. 

Mas o fato é que a cada ano eleitoral apesar de todo o incomodo que causam aos pedestres e a circulação dos veículos e de tornar a cidade mais feia, (como se já não bastasse os claros sinais de abandono com a saúde pública, com o transporte coletivo, e do lixo e da buraqueira pipocando por todos os lados), essa maneira suja de fazer campanha vem se eternizando de forma extremamente inconveniente e contrária aos interesses do bem-estar da população. 


"A publicidade não se preocupa com a saúde de quem consome sua ideia e não se fixa em demasia nos critérios éticos, já que a obrigação é vender, e o capitalismo por vezes ignora as barreiras do bom senso".(Antonio Cavalcante Filho)

Essas fealdades que invadem os espaços públicos, empobrecendo a beleza arquitetônica da nossa capital, dificultam ainda a absorção das informações necessárias para o deslocamento das pessoas. Duas das conseqüências mais funestas dessa poluição visual é a descaracterização do conjunto arquitetônico, principalmente das avenidas e a de colocar em risco a segurança dos munícipes. 

Os cavaletes e placas que invadem as ruas da nossa “Cidade Verde”, além de degradarem o meio ambiente desviam ainda à atenção dos condutores de veículos. Apesar de tudo isso, a sujeira eleitoral está por toda parte. Em todos os canteiros ou em cada via pública lá está a sua “excelência”, o tal cavalete candidato, provocando a poluição visual e possíveis acidentes pela sua excessiva utilização. 


"Se os candidatos não respeitam a paisagem pública. Se não respeitam as leis do município. Se não respeitam a nossa inteligencia, naõ merecem o nosso voto."(Antonio Cavalcante Filho)

A verdade é que essa campanha eleitoral tão suja transformou uma simples caminhada pelas ruas da capital numa verdadeira prova de superação de obstáculos tanto para os pedestres quanto para os veículos. É claro que ninguém gosta disso, mas será esta politicalha sujona, se eleita, que irá administrar a nossa querida Cuiabá. 

Hoje, em suas campanhas, todos eles, cinicamente estão prometendo que a cidade tem de ser limpa e que o bem estar dos cidadãos tem que ser respeitado. Porém, para os porcolíticos sujões, cidade limpa e respeito aos cidadãos não valem em época de eleição. 


"Nessas eleições, vamos prestar mais atenção nesses "sugismundos". Porque se eles sujam agora, quem garante que não vão sujar muito mais depois?"(Antonio Cavalcante Filho)

Pense nisso e vote consciente! 

*Antonio Cavalcante Filho é Coordenador do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral de Mato Grosso – MCCE-MT






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