"O Presidente de Assembeia de Mato Grosso, José Geraldo Riva, responde a mais de uma centena de processos, mais ainda assim é um dos politicos mais influentes do estado"

"Meus amigos, meus inimigos:esta PÁGINA DO E, hoje, tem a tranquilidade
do dever jornalístico cumprido. Nada do que a revista “Veja” publica,
neste final de semana, com merecido destaque, é novidade para quem
acessa este humilde espaço de mídia que é a PAGINA DO E. Há anos que
vimos apontando o escândalo que é ter, como uma das principais
lideranças políticas do Estado, a figura do deputado José Riva,
super-denunciado e super-processado, por iniciativa do Ministério
Público Estadual (através do trabalho incansável de profissionais como
Célio Fúrio, Roberto Turin, Mauro Zaque, Clóvis Almeida, Gilberto Gomes e
Gustavo Dantas) que tem buscado a sua responsabilização por um rombo
nos cofres da Assembléia Legislativa que, como a “Veja” registra, pode
superar o montante dos 400 milhões de reais. Nesses processos, há mais
de 20 outros parlamentares e funcionários da Assembléia denunciados como
possiveis parceiros de Riva em toda esta trama. O mais conhecido é o
hoje conselheiro do TCE-MT, Humberto Bosaipo, afastado do cargo
justamente por esse envolvimento denunciado. O fato é que Geraldo Riva,
como pauta, é assunto momentoso e a revista “Veja”, mais uma vez, vem
provar esta verdade. Pode ser que, agora, com mais este alerta, os
jornais amigos e os jornalistas amestrados por Riva, aqui em Mato
Grosso, bem como ríquissimas estruturas de rádio, sites e televisõe
despertem para a necessidade sempre premente de mergulhar nesse assunto,
mergulhar nessa Assembléia, reino cativo de caititus, para propiciar as
informações que possam nos levar a uma trasnformação profunda da
realidade de abastardamento em que vive o nosso Poder Legislativo.
Confiram o que a “Veja” publica e que – se não houver desdobramentos por
aqui – pode ser logo esquecido pelo grande público". (Da pagina do Enock Cavalcanti)
Leia mais:
ADRIANA VANDONI: “José Riva, descontrolado e desconcertado com a matéria da “Veja”, saiu espalhando que é matéria requentada. O site “midianews” disse, claramente, que a reportagem é uma encomenda do senador Pedro Taques. Como se a “Veja” fosse um “midianews” da vida.”
Circula na internet versão de que matéria da Veja sobre folha corrida de
Riva teria sido articulada por Pedro Taques. Um delírio de que só
jornais amigos e jornalistas amestrados são capazes. Mas, eu fico
pensando: e se Pedro Taques repercutir essa matéria na tribuna do
Senado?! Seria impactante!
Pensei em escrever, mas vi que a Adriana Vandoni já escreveu, antes de mim, ainda que en passant,
sobre a reação dos jornais amigos e dos jornalistas amestrados de Mato
Grosso à matéria de Veja sobre a “capivara” de Riva. Eu, que sou mais
crédulo, vou continuar esperando pelo dia em que nossa grande imprensa
regional tratará Riva e seus inúmeros processos como a pauta diária que
ele merece ser, até que esses processos transitem em julgado. Vou
continuar esperando pelo dia em que parlamentares da Assembléia,
deixando de se comportarem como seres abjetos, se erguerão e tratarão
das denúncias contra Riva com a seriedade com que elas devem ser
tratadas. Confira o que Adriana escreveu e de uma conferida no Prosa e
Política que divulga a relação atualizada dos processos contra o
presidente da Assembléia, esse político que o desembargador José
Ferreira Leite já comparou a um ostra que, ferida por seus adversários,
produz pérolas e que é tão aplaudido por empresários como Paulo
Gasparoto (Decorliz) e Rui Prado (Famato), que fazem parceria com ele no
comando do PSD. Sim, cada sociedade tem o presidente da Assembléia que
merece. (EC)
Um aprendiz mixuruca de Goebbels
POR ADRIANA VANDONI
José Riva, descontrolado e desconcertado com a matéria da Veja, saiu
espalhando pelos sites, que antes de publicarem a matéria foram buscar a
sua permissão, que, primeiro: a matéria é requentada; segundo: a
matéria é de encomenda. Vamos por partes.
Primeiro: é tão requentada que no final de outubro o Ministério
Público terminou de fazer uma atualização das 102 (cento e duas) ações
de improbidade a que Riva responde. O MPE corrigiu os valores desviados e
a situação em que se encontram cada uma das 102 ações. A íntegra do
documento foi publicada com exclusividade aqui pelo Prosa, no dia 1º de
novembro, mas para refrescar a memória do deputado, republico abaixo.
Segundo: sim, é de encomenda. Aconteceu o seguinte. Lá pelo dia 4 de
novembro (quatro dias após publicar a atualização das ações), peguei o
telefone para encomendar uns salgadinhos. – Alô, é do Saião? / Não, é da
Veja. / Ah, mas como?, eu ia encomendar salgadinhos. Pra não perder a
ligação, tem como sair uma reportagem sobre Riva?
PARA LER O INTEIRO TEOR DA MATÉRIA DE ADRIANA VANDONI, CLIQUE NO LINQUE ABAIXO:
Saiba mais:
UM JUIZ SEM CABRESTO
Por adriana Vandoni/Prosa e Política
Recomendo a entrevista do ministro Ayres Britto, presidente do STF, à
Renata Lo Prete, especialmente para o desembargador Pedro Sakamoto, que
quando era juiz da Vara Agrária acatou pedido de José Riva e decretou a
censura ao meu blog, e para o desembargador Carlos Alberto da Rocha,
que reiterou a censura. Ambos entendem que ao dar publicidade aos mais
de 100 processos que o deputado responde por desvio de dinheiro público,
estou ‘danando a honra e a privacidade do político’. Para ambos, mais
importante que o direito do cidadão em se informar, é garantir que as
acusações de desvio de dinheiro público, supostamente cometido por esse
homem público, sejam mantidas em sigilo. Que se dane o cidadão que nessa
história toda é a vítima que teve o seu dinheiro roubado supostamente
por um político.
Diz Ayres Britto: “Eu diria que a mais importante de todas as
decisões, a mais importante de todas, foi a que deu pela plenitude da
liberdade de imprensa. Por quê? Porque pela liberdade de imprensa ocorre
no país o que há de mais importante, mais essencial, quem quer que seja
pode dizer o que quer que seja. Responde pelos excessos que cometer,
mas não pode ser podado por antecipação”.
Ainda bem que a Constituição Federal é maior que esses tipos de
juízes que ainda se acanham com o poder transitório de políticos e os
defendem.
Interpretações como as dos desembargadores Pedro Sakamoto e Carlos
Alberto da Rocha, denigrem o Judiciário de Mato Grosso e algumas vezes
chegam a me desanimar a prosseguir com o Blog, mas quando leio posturas
como a do ministro Ayres Britto, vejo que, apesar dos Sakamotos e dos
Rochas que existem pelo país, que insistem em invocar o ‘delito de
opinião’ para proteger políticos, ainda tem os que lutam pela democracia
no Brasil.
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