Eu penso que se o Riva fosse macho mesmo deveria pedir direito de reposta à revista. E mais, devia processar a Veja por calúnia e difamação. Mas ele só tem coragem de processar o Enock, a Adriana Vandoni, a Keka Werneck, o Ceará e este humilde jornalista.
Riva, a Veja e o MP
Por ADEMAR ADAMS*
A reportagem da Veja reascendeu o debate em torno dos mais de 100 processos que o Ministério Público move contra José Riva.
O deputado e seus bajuladores, todos pagos com verba da Assembleia, direta ou indiretamente, vêm dizer que é matéria requentada.
Requentada não é. O assunto está presente no cotidiano de Mato
Grosso. Os processos não param, e volta e meia sai uma sentença, um
acórdão, que só não espocam na dita grande imprensa, porque Riva gasta
cerca de 25 milhões por ano para calar, desde a TV Centro América até a
rádio Canavial de Denise.
Um dia destes um desembargador afastou Riva do mando administrativo
da Assembleia, mas a TV Bujão de Gás não noticiou. E eu não sei como o
tal do Zarhan vive ganhando prêmio Brasil a fora…
Mas, se em Cuiabá todo mundo sabe da podridão da dita “casa cidadã”, o
Brasil desconhece. Se a corrupção na Assembleia tivesse uma cobertura
como a do chamado “mensalão”, o povo iria pedir a prisão perpétua de
muitos deputados.
Então, tem muita gente do povo que acha que a culpa do Riva estar
impune é do Ministério Público. É e não é. Os promotores fazem um
trabalho magnífico, mas quando chega à cúpula, mais precisamente na
Procuradoria Geral a coisa para. Antes era o simpático Paulão, que só
enrolava. Agora é o “Cético” que acha que só daqui a mil anos, quando o
nosso povo será igual aos finlandeses, a coisa vai ter solução.
Porque mais de cem processos?
Se alguém tiver a paciência de dar uma olhada nos processos, verá que
em cada uma deles tem como réus Riva, Bosaipo e diversos servidores da
casa, mais a coparceira, uma empresa de fachada, que deveria receber o
dinheiro. Algumas existiram mesmo, outras os “donos” de nada sabem e tem
uma que o proprietário já tinha morrido quando da sua constituição.
Os cheques estão lá, relacionados e fotocopiados com a assinatura dos
dois deputados. E têm o endosso para sacar na boca caixa, o que é
proibido.
Assim, cada processo tem o envolvimento de uma empresa diferente da
outra. E mais, se fosse juntar tudo num só processo, teria mais de 80
mil páginas. Como manipular um processo destes? Quantos meses um juiz
iria levar para ler todo ele? Quando chegasse à metade, já teria
esquecido o começo.
O que o Riva quer é procrastinar o julgamento, pois ele sabe que lá
no final a condenação é inevitável. Ele faz todas as chicanas possíveis,
para travar a decisão final. Chegou ao ridículo de entrar com ação por
danos contra um juiz que o condenou, buscando com isso impedir o
magistrado do continuar atuando nos processos contra ele. Ainda bem que o
Tribunal não deu guarida a esse tipo de achaque.
Uma parte do MP não é séria?
No dia da última posse do Riva na presidência da Assembleia, ele
estava sendo entrevistado na TV Centro América. A grande jornalista
Luzimar Colares não deixou de perguntar a ele sobre a centena de
processos. Ele tentou justificar o grande número de ações dizendo que
isso só existia porque uma parte do Ministério Público não era séria.
Pensei comigo: agora ele vai se dar mal com esta acusação gravíssima.
Os dias passaram e nada aconteceu. Nem a Associação do MP pediu
explicações, muito menos o Procurador Geral. Ora, deveriam pedir direito
de resposta e exigir que o deputado dissesse quem no MP não era sério.
Cheguei a cobrar uma atitude do doutor Marcelo Ferra, mas ele se fez de
desentendido.
E agora o deputado, e aqueles com “Riva” à bico de pena no carro, vêm
dizer que a Veja fez matéria paga contra ele. Que foi Pedro Taques e
não sei mais quem que armou essa “calúnia”.
Eu penso que se o Riva fosse macho mesmo deveria pedir direito de
reposta à revista. E mais, devia processar a Veja por calúnia e
difamação. Mas ele só tem coragem de processar o Enock, a Adriana
Vandoni, a Keka Werneck, o Ceará e este humilde jornalista.
Mas temos de lembrar que até o Fantástico e Faustini, o “repórter sem
rosto”, da poderosa Globo ele conseguiu calar. O homem não é fraco não!
*Ademar Adams é jornalista em Cuiabá
"Existe somente um lugar no mundo onde não existem politicos corruptos: cadeia!". Vamos mudar isso: Que tal você fazer a sua parte, assinando esse abaixo assinado e compartilhando com os amigos? Assine aqui: PRENDA UM CORRUPTO JÁ:
Saiba mais:
Morosidade no Judiciário atrasa julgamento das ações de Arcanjo com cheques da ALMT
Por Da Redação - Julia Munhoz/Olhar Jurídico
A morosidade no Poder Judiciário aliada a uma ‘enxurrada’ de recursos apresentados pelas defesas dos réus acabaram prejudicando o julgamento de 15 processos envolvendo o ex-policial João Arcanjo Ribeiro em um esquema de peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha - por meio da emissão de cheques da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) em pagamentos efetuados a empresas fantasmas. Dez anos após ser deflagrada a Operação Arca de Noé que desmantelou o esquema, os acusados ainda aguardam julgamento.
Ao todo são 19 processos separados por empresa que tramitam na Vara Especializada contra o Crime Organizado, Crimes contra a Ordem Tributária e Econômica e Crimes Contra a Administração Pública da Comarca de Cuiabá. Na época, o Ministério Público optou por oferecer denúncias individuais. Entre os acusados, na primeira instância estão o ex-bicheiro, empresários e servidores da Assembleia Legislativa do Estado.
Arcanjo vem a Cuiabá depor em processos que têm Bosaipo e deputado Riva como réus
No ano em que completa 10 anos da Operação Arca de Noé, o juiz titular da Vara, José Arimatéa Neves Costa, que já concluiu a instrução de quatro ações e aguarda apenas para sentenciá-las, pretendia realizar simultaneamente a audiência dos outros 15 casos, porém devido a dificuldade dos oficiais de justiça do Fórum da Capital em conseguir intimar as testemunhas ele teve de adiar os depoimentos.
O magistrado explica que os mandados de intimação foram expedidos em junho deste ano e até o dia 26 de novembro, quando foi realizada a primeira audiência, a maioria das testemunhas não havia sido intimada. Em alguns casos os ofícios não foram nem devolvidos a secretaria da Vara. Diante disso, das 14 testemunhas de acusação e mais de cinqüenta de defesa apenas seis - que falaram em favor dos réus - foram ouvidas por Arimatéria.
“Eu tinha previsto cinco dias de audiência, mas o sistema não funciona do jeito que a gente quer ou planeja”, afirmou o juiz, durante entrevista ao Olhar Jurídico. Ele disse ainda que já encaminhou uma reclamação à Diretoria do Fórum da capital, além de pedir a designação de pelo menos três oficiais para que os mandados sejam efetivamente cumpridos até fevereiro de 2013, quando ele irá retomar a audiência.
Carta de Ordem
Outra questão que prejudicou a continuidade da audiência foi quando a uma carta de ordem para que o juiz realizasse a instrução processual envolvendo o deputado estadual José Riva (PSB). Ele responde a ação no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), devido ao foro de prerrogativa de função.
A determinação foi do relator do processo de Riva, desembargador Luiz Ferreira. Porém, as testemunhas arroladas pelo parlamentar também não foram ouvidas, pois o cartório da vara não expediu o mandado para intimar o deputado. Com isso, a defesa alegou que os depoimentos deveriam ser realizados na presença do acusado.
Assim como João Arcanjo, o presidente da Assembleia Legislativa – que na época já comandava a Mesa Diretora - deverá depor em fevereiro, ao final da instrução processual.
Cheques da ALMT
Quando foi deflagrada a operação vários cheques da Assembleia Legislativa foram encontrados na Confiança Factoring – de propriedade de João Arcanjo Ribeiro. Em depoimento, o comendador declarou que eram realizados ‘financiamentos ilegais’ para as campanhas eleitorais dos deputados José Riva e Humberto Bosaipo – hoje conselheiro do Tribunal de Contas do Estado afastado por responder ao processo no Superior Tribunal de Justiça (STJ) – por meio de empresas fantasmas.
Os valores eram sacados pelos assessores dos parlamentares, também réus no processo de primeira instância e teriam sido usados nas campanhas eleitorais de 1998 e 2002, ano em que foi deflagrada a operação da Polícia Federal.
Morosidade no Judiciário
O diretor do Fórum de Cuiabá, juiz Adilson Polegato de Freitas, deferiu o pedido de José Arimatéia e estabeleceu que em casos de ações envolvendo um grande número de testemunhas, como os processos envolvendo João Arcanjo, três oficiais serão designados para os trabalhos para agilizar os trâmites.
Atualmente a comarca da capital conta com 80 oficiais de justiça para atender 47 Varas, o ideal para suprir a demanda seria de pelo menos quatro servidores disponíveis por Vara, segundo a assessoria. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) já está realizando concurso público para a contratação de mais 88, que serão distribuídos em todo o Estado, o que ainda não suprirá o déficit, mas irá minimizar a problemática.
Outra medida, que foi adotada pela Corregedoria Geral de Justiça (CGJ-MT) foi a de buscar formas de suprir solicitações feitas pelo próprio sindicato dos oficiais de justiça, quando ao pouco efetivo de servidores.
Fonte: Olhar Juridico
Para saber mais:
*Ademar Adams é jornalista em Cuiabá
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Morosidade no Judiciário atrasa julgamento das ações de Arcanjo com cheques da ALMT
Juiz titular da Vara, José Arimatéa Neves Costa
Por Da Redação - Julia Munhoz/Olhar Jurídico
A morosidade no Poder Judiciário aliada a uma ‘enxurrada’ de recursos apresentados pelas defesas dos réus acabaram prejudicando o julgamento de 15 processos envolvendo o ex-policial João Arcanjo Ribeiro em um esquema de peculato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha - por meio da emissão de cheques da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) em pagamentos efetuados a empresas fantasmas. Dez anos após ser deflagrada a Operação Arca de Noé que desmantelou o esquema, os acusados ainda aguardam julgamento.
Ao todo são 19 processos separados por empresa que tramitam na Vara Especializada contra o Crime Organizado, Crimes contra a Ordem Tributária e Econômica e Crimes Contra a Administração Pública da Comarca de Cuiabá. Na época, o Ministério Público optou por oferecer denúncias individuais. Entre os acusados, na primeira instância estão o ex-bicheiro, empresários e servidores da Assembleia Legislativa do Estado.
Arcanjo vem a Cuiabá depor em processos que têm Bosaipo e deputado Riva como réus
No ano em que completa 10 anos da Operação Arca de Noé, o juiz titular da Vara, José Arimatéa Neves Costa, que já concluiu a instrução de quatro ações e aguarda apenas para sentenciá-las, pretendia realizar simultaneamente a audiência dos outros 15 casos, porém devido a dificuldade dos oficiais de justiça do Fórum da Capital em conseguir intimar as testemunhas ele teve de adiar os depoimentos.
O magistrado explica que os mandados de intimação foram expedidos em junho deste ano e até o dia 26 de novembro, quando foi realizada a primeira audiência, a maioria das testemunhas não havia sido intimada. Em alguns casos os ofícios não foram nem devolvidos a secretaria da Vara. Diante disso, das 14 testemunhas de acusação e mais de cinqüenta de defesa apenas seis - que falaram em favor dos réus - foram ouvidas por Arimatéria.
“Eu tinha previsto cinco dias de audiência, mas o sistema não funciona do jeito que a gente quer ou planeja”, afirmou o juiz, durante entrevista ao Olhar Jurídico. Ele disse ainda que já encaminhou uma reclamação à Diretoria do Fórum da capital, além de pedir a designação de pelo menos três oficiais para que os mandados sejam efetivamente cumpridos até fevereiro de 2013, quando ele irá retomar a audiência.
Carta de Ordem
Outra questão que prejudicou a continuidade da audiência foi quando a uma carta de ordem para que o juiz realizasse a instrução processual envolvendo o deputado estadual José Riva (PSB). Ele responde a ação no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), devido ao foro de prerrogativa de função.
A determinação foi do relator do processo de Riva, desembargador Luiz Ferreira. Porém, as testemunhas arroladas pelo parlamentar também não foram ouvidas, pois o cartório da vara não expediu o mandado para intimar o deputado. Com isso, a defesa alegou que os depoimentos deveriam ser realizados na presença do acusado.
Assim como João Arcanjo, o presidente da Assembleia Legislativa – que na época já comandava a Mesa Diretora - deverá depor em fevereiro, ao final da instrução processual.
Cheques da ALMT
Quando foi deflagrada a operação vários cheques da Assembleia Legislativa foram encontrados na Confiança Factoring – de propriedade de João Arcanjo Ribeiro. Em depoimento, o comendador declarou que eram realizados ‘financiamentos ilegais’ para as campanhas eleitorais dos deputados José Riva e Humberto Bosaipo – hoje conselheiro do Tribunal de Contas do Estado afastado por responder ao processo no Superior Tribunal de Justiça (STJ) – por meio de empresas fantasmas.
Os valores eram sacados pelos assessores dos parlamentares, também réus no processo de primeira instância e teriam sido usados nas campanhas eleitorais de 1998 e 2002, ano em que foi deflagrada a operação da Polícia Federal.
Morosidade no Judiciário
O diretor do Fórum de Cuiabá, juiz Adilson Polegato de Freitas, deferiu o pedido de José Arimatéia e estabeleceu que em casos de ações envolvendo um grande número de testemunhas, como os processos envolvendo João Arcanjo, três oficiais serão designados para os trabalhos para agilizar os trâmites.
Atualmente a comarca da capital conta com 80 oficiais de justiça para atender 47 Varas, o ideal para suprir a demanda seria de pelo menos quatro servidores disponíveis por Vara, segundo a assessoria. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) já está realizando concurso público para a contratação de mais 88, que serão distribuídos em todo o Estado, o que ainda não suprirá o déficit, mas irá minimizar a problemática.
Outra medida, que foi adotada pela Corregedoria Geral de Justiça (CGJ-MT) foi a de buscar formas de suprir solicitações feitas pelo próprio sindicato dos oficiais de justiça, quando ao pouco efetivo de servidores.
Fonte: Olhar Juridico
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