Prefeitura pede prazo para avaliar irregularidades no reajuste da tarifa. Manifestação diante da Prefeitura, inaugurou calendário das manifestações populares em Cuiabá. Dia 5 de fevereiro, manifestantes voltam às ruas
Da pagina do Enock Cavalcanti
O ano de 2013 mal começou, mas o movimento popular não dá folga.
Nesta quarta-feira, 9 de janeiro, um pequena mas ruidosa manifestação,
puxada por entidades estudantis, sindicais e comunitárias, aconteceu
literalmente nas portas da Prefeitura de Cuiabá. Eram menos de 100
pessoas – mas expressavam a revolta de uma grande maioria da população
com o inesperado reajuste do preço dos coletivos, na capital, que saltou
de 2,70 para 2,95 reais – preço que acaba quase sempre sendo
arredondado na marra para 3 reais. O que Chico Galindo reajustou, Mauro
Mendes vacila em anular. Depois do ato público que agitou a calorenta
manhã da Praça Alencastro, o secretário de governo Fabio Garcia recebeu
uma representação das 40 entidades que organizaram o protesto e prometeu
que vai analisar possiveis irregularidades na planilha de gastos que
justificou o aumento sancionado por Galindo. O prazo para um
posicionamento oficial do governo de Mauro Mendes é 5 de fevereiro.
Neste dia, os manifestantes voltam às ruas e prometem marchar do centro
até às portas da Câmara Municipal, onde vão buscar o apoio das diversas
bancadas de vereadores. O ano está só começando – e o povo já está nas
ruas. A população não se mostra disposta a engulir um reajuste que não
teve qualquer discussão prévia com a comunidade. E denuncia que apesar
de faturarem alto, os donos das empresas de ônibus vem depreciando a
prestação de serviço. Tanto que os veículos com ar condicionado sumiram
das linhas municipais. Busão sem ar condicionado, em Cuiabá, é uma
tortura, gritava uma faixa no protesto desta quarta-feira. Taí um grito
que precisa se ampliar. Confira o noticiário. (EC)
Prefeitura adia decisão para 5 de fevereiro
Usuários fizeram protesto em frente ao Alencastro e pediram redução da tarifa de ônibus
Polícia Militar foi acionada para impedir a entrada dos manifestantes no prédio
Laura Nabuco
DIARIO DE CUIABÁ
A Prefeitura de Cuiabá adiou para o dia 5 de fevereiro a decisão
sobre revogar ou não o aumento da tarifa do transporte coletivo, que
passou de R$ 2,70 para R$ 2,95 desde o último dia 28. A decisão foi
anunciada após um “panelaço” promovido por manifestantes em frente ao
Palácio Alencastro.
Cerca de 200 manifestantes protestaram contra o reajuste e a má
qualidade do serviço oferecido à população. O ato teve início às 9 horas
da manhã e se arrastou até o meio dia. A Polícia Militar foi chamada
para evitar uma eventual invasão do prédio do Executivo.
Uma comitiva formada pelos organizadores do ato público se reuniu com
os secretários municipais de Governo, Fábio Garcia, e de Trânsito e
Transporte Urbano, Antenor Figueiredo.
No encontro, no entanto, os manifestantes conseguiram apenas a
promessa de que a reivindicação será avaliada. Eduardo Matos, membro do
movimento Intersindical, afirma que outros protestos devem ser
realizados.
Segundo ele, a organização do “panelaço” se reunirá nesta sexta-feira
(11) para definir um calendário de atos públicos. “A data que eles nos
deram coincide com o retorno das atividades da Câmara Municipal. Vamos
aproveitar para fazer um novo protesto”, adianta.
Além do panelaço, os manifestantes contam com um abaixo-assinado para
embasar uma ação civil pública contra o reajuste. O documento pode ser
assinado na internet, na página www.peticaopublica.com.br. Mais de mil
pessoas já deram o aval à ideia, mas os organizadores esperam recolher
ao menos 10 mil assinaturas.
O aumento da tarifa é considerado abusivo devido à qualidade dos
veículos e a superlotação. Os manifestantes argumentam ainda que as
empresas que operam o serviço já tiveram uma redução de gastos no ano
passado com a demissão dos cobradores. Eles foram substituídos pelo uso
do cartão de transporte.
O reajuste também causou polêmica na Câmara Municipal. Alguns
vereadores sugeriram que o ex-prefeito Chico Galindo (PTB) deixasse a
medida para seu sucessor, Mauro Mendes (PSB), por considerá-la
impopular.
Da pagina do Enock
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