quarta-feira, 24 de abril de 2013

Geraldo Riva compra parecer do ex-ministro do STF, Ilmar Galvão, para tentar influenciar julgamento adverso na Terceira Câmara Civel do TJMT


As desembargadoras Maria Erotides e Maria Aparecida e o juiz Sebastião Barbosa, da judicatura pantaneira, todavia, não dão mostras de que possam ser influenciados pelo custoso parecer que vem de grande escritório de Brasília, na undécima hora.

A desembargadora Maria Erotides, o ex-ministro e hoje advogado Ilmar Galvão e a desembargadora Maria Aparecida Ribeiro


 Da pagina do Enock Cavalcante

A Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso adiou, mais uma vez, o julgamento do deputado estadual José Riva, do conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Humberto Bosapio, e outros dois réus na apelação que apresentaram contra a condenação que receberam do titular da Vara Especializada em Ação Popular e Ação Civil Pública, juiz Luiz Bertolucci, em processo em que respondem pelo crime de improbidade administrativa.

A decisão pelo adiamento é da relatora do processo, desembargadora Maria Erotides Kneip Baranjak, que pediu tempo para avaliar o parecer sobre o caso, da lavra do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal e hoje advogado , Ilmar Galvão, que fora juntado aos autos pela defesa de Riva , que é comandada pelo advogado Mário Ribeiro de Sá, poucas horas antes do início do julgamento. O memorial, com o parecer, foi protocolado duas horas antes do início da sessão da Terceira Câmara Civel, não deixando tempo hábil para que fosse lida pelos três julgadores.]

A desembargadora Maria Aparecida Ribeiro chegou a argumentar que o parecer é peça que não compõe o processo original, não podendo ser fator de adiamento das demais etapas do julgamento. 

Maria Erotides todavia ponderou em favor da garantia do amplo direito de defesa dos réus. “Decido por adiar a conclusão desse julgamento em deferência ao princípio constitucional da ampla defesa, pois quero avaliar o parecer do douto ministro Ilmar Galvão. Tomo essa decisão também para que esse julgamento não seja maculado por qualquer sombra de suspeita quanto à nossa postura, enquanto magistrados”, destacou a desembargadora Maria Erotides Kneipp. Ela teve esse seu cuidado referendado pelo juiz Sebastião Barbosa. Curioso é que, quando um dos advogados da equipe de Mario Sá, usando o microfone do plenário, tentou discorrer sobre o parecer, a desembargadora Maria Erotides fez um corte fulminante: “Isso não é preciso, todos nós aqui sabemos ler”.

A defesa do deputado Geraldo Riva não divulgou cópia do parecer do ministro Ilmar Galvão nem prestou qualquer esclarecimento quanto ao custo da contratação desse grande escritório de Brasília para atuar no julgamento do caso da empresa fantasma denominada Sereia Publicidade

PROVAS ROBUSTAS

O processo teve seu julgamento iniciado na semana passada, quando os advogados de Riva apresentaram a preliminar de cerceamento de defesa. A tese foi rejeitada, de plano, pela relatora, desembargadora Maria Erotides e pelo juiz Sebastião Barbosa, tendo, naquela ocasião, a desembargadora Maria Aparecida pedido vista, para um posicionamento melhor estudado. Na abertura do julgamento, nesta terça, 23 de abril, a desembargadora Maria Aparecida, apresentou seu voto-vista, segundo o qual não há como se falar em cerceamento da defesa, ante o julgamento antecipado da lide, adotado pelo juiz Bertolucci, uma vez que as provas apresentadas nos autos são robustas, não havendo necessidade de testemunhas orais serem ouvidas, conforme alega a defesa de Riva. “Os cheques são fatos notórios e fatos notórios não dependem de prova”, argumentou a desembargadora Maria Aparecida, afastando a preliminar de cerceamento de defesa”.

ENTENDA O CASO

A denúncia contra Riva e demais réus foi formulada pelo Ministério Público Estadual (MPE), relatando que a Assembleia Legislativa, então sob o comando de Riva e Bosaipo, abriu um processo licitatório para contratação de serviços da empresa Sereia Publicidade, repassando à empresa 48 cheques, sem que ela jamais tenha prestado qualquer tipo de serviço ao Legislativo estadual. Os cheques acabaram sendo trocados, por emissária da Assembléia, na factoring Confiança, de propriedade do notório comendador João Arcanjo Ribeiro, com o dinheiro retornando às mãos dos dirigentes da Assembléia.  Além de Riva e Bosaipo, são réus na ação civil pública Nivaldo de Araújo e José Quirino Pereira. Eles foram condenados pela Vara Especializada em Ação Civil Pública e Ação Popular da Comarca de Cuiabá, que determinou ressarcimento solidário pelos danos causados aos cofres da Assembleia. Na decisão, o juiz reconheceu atos de improbidade administrativa e determinou a devolução de R$ 2.650.921,20, corrigidos monetariamente e acrescidos de juros legais, desde a época do desfalque, em 2002, até a data do efetivo ressarcimento. Também foi declarada a indisponibilidade dos bens dos apelantes até o limite do valor atualizado a ser devolvido.

Riva e Bosaipo foram condenados, ainda, ao pagamento de multa civil, com o valor corrigido do dano, enquanto gestores. Na sentença, o magistrado também determinou a perda da função pública de ambos e determinou o afastamento de Riva do exercício das atribuições administrativas e de gestão inerentes ao cargo de presidente da Assembleia, a fim de impedir novos desvios, bem como qualquer tipo de obstáculos ao cumprimento do despacho.

No julgamento da apelação impetrada pelo deputado Riva e em apreciação na Terceira Câmara Civel, o Ministério Público Estadual reapresentou, sob forma de preliminar, novo pedido para que Riva seja afastado do comando da Assembléia Legislativa de Mato Grosso.

O caso da Sereia Publicidade é apenas um dos mais de 100 processos a que o deputado estadual José Geraldo Riva responde perante a Justiça de Mato Grosso.

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QUEM É ILMAR GALVÃO          

ILMAR NASCIMENTO GALVÃO nasceu em Jaguaquara, Bahia, em 2 de maio de 1933.

O curso superior, fez na Faculdade Nacional de Direito, da Universidade do Brasil, na cidade do Rio de Janeiro-RJ, onde tornou-se Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais (1959-1963). Realizou cursos de extensão e especialização sobre Direito Penal (1973), Organização do Trabalho Intelectual (1973), Novo Código de Processo Civil (1974) e Direito Agrário (1976).

Foi funcionário do Banco do Brasil S/A, de 1955 a 1967, havendo desempenhado os cargos de Diretor da Organização e Controle da Secretaria de Planejamento do Estado do Acre (1964-1965), Diretor da Carteira de Crédito Geral do Banco do Estado do Acre (1965-1966) e Presidente do Banco do Estado do Acre (1966-1967).

Integrou a Diretoria do Conselho Regional da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Acre (1964), e presidiu o Conselho Penitenciário do mesmo Estado (1966-1967). Participou do Conselho Regional de Desportos do Acre (1965); do Conselho Estadual de Cultura do mesmo Estado (1970-1974); e das Comissões incumbidas do Programa de Bolsas de Trabalho no Estado do Acre (1971), do Levantamento Contábil do Estado do Acre (1974), Organizadora Regional da Conferência Nacional de Abastecimento – CONFENAB (1975) e da Elaboração dos Estatutos da Universidade do Acre (1975).

Ingressou na magistratura como Juiz Federal da Seção Judiciária do Acre em 1967, permanecendo até 1979. Exerceu as funções de Diretor do Foro e Corregedor da Seção Judiciária. Foi Juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Acre, no período de 11 de agosto de 1975 a 31 de dezembro de 1982.

De 1979 a 1985, foi Juiz Federal da 2ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal, havendo desempenhado as funções de Diretor do Foro e Corregedor da Seção Judiciária do Distrito Federal, em 1984-1985. No período de 1979 a 1985, continuou respondendo pelas funções de Juiz Federal, Diretor do Foro e Corregedor da Seção Judiciária do Estado do Acre. No período de 1982-1984, também respondeu pelas funções de Juiz Federal, Diretor do Foro e Corregedor da Seção Judiciária de Rondônia. Foi Juiz Substituto do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (1985).

Nomeado Ministro do Tribunal Federal de Recursos, por decreto de 16 de outubro de 1985, tomou posse e entrou em exercício a 29 de outubro de 1985. Com o advento da Constituição Federal de 1988 e a instalação do Superior Tribunal de Justiça, passou a fazer parte da composição deste Tribunal, no qual permaneceu até 13 de junho de 1991.

Por decreto de 12 de junho de 1991, foi nomeado Ministro do Supremo Tribunal Federal, para a vaga decorrente da aposentadoria do Ministro Aldir Guimarães Passarinho, tomando posse em 26 de junho de 1991.

Escolhido pelo Supremo Tribunal Federal, foi Juiz Substituto, de 9 de junho de 1992 a 28 de novembro de 1994, e Efetivo, de 29 de novembro de 1994 a 19 de maio de 1996, do Tribunal Superior Eleitoral, desempenhando a Vice-Presidência, de 13 de junho de 1996 a 28 de maio de 1997, e ascendendo à Presidência, em 19 de junho de 1997, exercendo-a até 2 de fevereiro de 1999.

Em 18 de abril de 2001 foi eleito Vice-Presidente do STF, tomando posse, juntamente com o Ministro Marco Aurélio na Presidência, em sessão solene realizada aos 31 de maio do mesmo ano.

Assumiu interinamente a presidência da Corte nas ausências do Ministro Marco Aurélio durante os períodos de férias, recessos forenses e viagens do titular ao exterior.

O Ministro Ilmar Galvão atingiu a idade limite para permanência em atividade em 2 de maio de 2003.

A Sessão Plenária ocorrida em 30 de abril foi a última da qual participou, tendo sido por ele presidida em função da ausência do Ministro Marco Aurélio, Presidente da Corte. Nesta ocasião, foi homenageado em discursos nos quais se manifestaram o Ministro Sepúlveda Pertence, em nome de seus pares, o Procurador-Geral da República, Dr. Geraldo Brindeiro, representando o Ministério Público Federal, o Advogado-Geral da União, Dr. Álvaro Augusto Ribeiro da Costa, e o Ministro aposentado Aldir Passarinho.

Foi aposentado por decreto de 3 de maio, publicado no DOU de 5 de maio de 2003

Fonte pagina do Enock

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MULTIPROCESSADO E PODEROSO, DEPUTADO ENVOLVIDO EM ESCÂNDALOS COMO O DAS FACTORINS DE BICHEIRO JOÃO ARCANJO MUDA LEI SEGUE VITALÍCIO NA AL-MT 

O deputado estadual José Riva (PSD) foi reeleito presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, em sessão especial, na noite desta terça-feira (4). (Foto: José Riva e seu grupo político se mantêm inexplicavelmente, a despeito de toda bandalheira noticiada sobre eles, no poder do Legislativo. Enquanto o Estado anda literalmente para trás no caos administrativo, financeiro, esses senhores se deleitam em aposentadorias inconstucionais, audiências públicas inúteis, CPIs que não apuram nada, funcionários faturando alto com diplomas falsos, troca de favores ilegais com desembargadores e seus filhos funcionários fantasmas.... A lista é estarrecedora. Ou eles têm por trás "lluminatis pantaneiuros" (governo fraco de um governador mais perdido que cego em tiroteio, Maçonaria, maioria dos membros do Judiciário, empresários, etc., etc.), pagamento alto por apoio de outros membros da ALMT, ou se serve de alguma das tantas outras teorias de conspiração para se perpetuarem no poder sem promover nenhuma mudança na vida do povão, que segue sofrendo com o caos na Saúde, Segurança e Educação. Uma coisa é certa: Um dia isso terá um fim, pois a Justiça do Alto sempre vence)


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R$ 1 bi de prejuízos ao meio ambiente: PF examina manejos obtidos via internet e MPF solicita busca e apreensão na Sema-MT para esclarecer crimes

Dos 24 deputados, 23 votaram e o resultado apontou um total de 22 votos em favor do candidato. Um voto contra.

A escolha do parlamentar para mais um mandato no Legislativo foi consenso entre os seus pares. Riva encabeçou a chapa única, denominada "Legislativo Independente".

A chapa encabeçada pelo líder do PSD em Mato Grosso tem como primeiro-vice o deputado Romoaldo Júnior (PMDB) e primeirio-secretário, o deputado Mauro Savi (PR).

O consenso pela reeleição de Riva saiu de uma reunião do Colégio de Líderes, na tarde de hoje.

O deputado reafirmou o compromisso com algumas medidas que, segundo ele, contemplarão o Legislativo como um todo.

Ele citou a realização de concurso público e a construção de um conjunto habitacional para os servidores.

O parlamentar também reassumiu o compromisso de fazer com que a Assembléia Legislativa se mantenha na condição de fiscalizadora dos atos do Executivo do Estado.

"Vamos trabalhar, cada vez mais, pelo fortalecimento e pela independência do Legislativo. Temos compromisso com a governabilidade, não com a figura do govermador", disse.

Dissidência

 
A deputada Luciene Bezerra (PSB), da tribuna, declarou seu voto contra a chapa encabeçada pelo deputado José Riva.

Ela revelou que tentou formar uma chapa alternativa, mas não teve tempo hábil.

A parlamentar afirmou que não tem nada contra a atual gestão, mas disse ser a favor da alternância no comando do Legislativo mato-grossense.

O deputado Percival Muniz (PPS), candidato a prefeito de Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá), não compareceu à votação. 


SAIBA MUUUUITO MAIS
 
. Deputado que tenta enquadrar blogueiros que citam seus muitos supostos casos de corrupção sofre derrota no STJ é mantido longe da$ finança$ da AL-MT 


Fonte: Brasil da Corrupção

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