terça-feira, 23 de julho de 2013

A sucessora do papi


Mais três ou quatro juízes foram designados para julgar os processos contra José Riva.



 José Riva (PSD) e Janaina Riva


 Da pagina Prosa e Política

Um primor a entrevista do site olhar direto com a filha primeira na linha sucessória de José Riva (PSD), Janaina Riva. Impedido de participar das próximas eleições até para presidente do Bairro Santa Rosa, onde mora, Riva pretende passar a coroa para sua primeira filha. Mesmo Mato Grosso não sendo um reinado, outro caso de passamento hereditário de cargo já foi registrado, como do conselheiro do TCE, Campos Netos (que mudou de nome recentemente em função de numerologia ou algo que assim). Mas no caso da cadeira do Tribunal o povo não foi consultado, no caso da rainha da assembleia que pretende passar a cadeira para sua primeira filha, o povo, por força da democracia que ainda impera no país, terá que ser consultado.
 
O primor fica por conta da formulação de pensamento da filha herdeira:

“Eu sempre fui a principal defensora de que ele não deixe a vida pública, mas neste momento em que ele tenta se defender dessas ações judiciais, eu o vejo engessado e penso que esse processo seria inviabilizado. Imagina só num debate, ele ia ser bombardeado. Essas ações judiciais seriam utilizadas como ataque o tempo inteiro. Então hoje eu consigo visualizar que enquanto não resolver essas coisas, é melhor não concorrer.”… “Já pedi, implorei, mas ele disse pra eu não pedir mais.”

São, segundo o Conselho Nacional de Justiça, 184 processos por improbidade e outros crimes do gênero. O CNJ, baseado em uma reportagem de O Globo sobre a quantidade de processos e a total impunidade que já perdura por vinte anos, encaminhou ao Tribunal de Justiça um pedido de explicação e depois um pedido de providência. O TJ, para cumprir a determinação do CNJ, decretou regime de exceção na vara de crime contra o patrimônio. Mais três ou quatro juízes foram designados para julgar os processos contra José Riva. Portanto, apesar dos apelos da sucessora mirim que já pediu e implorou, papi não tomou a decisão de não concorrer a um novo mandato. Papi está encrencado com tantas acusações e suspeito de desviar tanto dinheiro, que, como disse no início deste post, até para presidente do Bairro Santa Rosa seria um risco pra ele.

“Não gostaria que ele saísse agora, desta forma e em meio a essas acusações, sem ter provado sua inocência. Todo o trabalho que ele já realizou ao longo desses 20 anos de repente passa a ser desconsiderado. Acho que ele deveria sim concorrer ao menos mais uma vez para ter tempo de mostrar aquilo já fez por Mato Grosso”.

As ações de papi por longos vinte anos como carreirista político poderão ser facilmente comprovadas assim que as 186 ações forem julgadas e o volume de recursos desviado for apurado. Segundo estimativas do Ministério Público de MT, algo em torno de 400 milhões de reais.

“Tenho a consciência que se for para substituir meu pai tenho que, no mínimo, trabalhar mais ou o mesmo tanto que ele e nunca deixar sem resposta aqueles que nos procurar, a exemplo do que ele já faz”.

É, a sucessora mirim vai ter que trabalhar, e por conta daquela coisinha chamada democracia, por mais que papi passe votos, e vai passar, poder não se transfere e a sucessora mirim, mesmo que se esforce e tenha absorvido todos os ‘valorosos’ ensinamentos do papi do que seja política e de como enriquecer nela, ela não é papi. Portanto, uma dinastia fadada à decadência.

PS: a sucessora mirim e seus ‘reais’ familiares protagonizaram uma briguinha lamentável na época da manifestação contra a corrupção em Cuiabá. Impedidas de participarem por motivos óbvios, saíram patrulhando os participantes pelas redes sociais alegando, inclusive, que “fulana não pode falar do meu pai porque um dia pegou carona comigo ao sair de uma festa e carro foi comprado por meu pai”. Veja nas imagens abaixo a ação e as reações:





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