sexta-feira, 29 de novembro de 2013

João Emanuel é investigado pelo Gaeco por suicídio de servidor


A investigação do Gaeco é mais ampla que a realizada pela Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa do MP. Este último só busca saber sobre a ligação com a gráfica. 

 
Gaeco também investiga morte de Mário Spinelli Sobrinho


RD News

Valérya Próspero

O presidente afastado da Câmara de Cuiabá João Emanuel (PSD) tem no rol de investigações que pesam contra ele o suicídio do servidor público estadual Mário Spinelli Sobrinho, de 34 anos, ocorrido no início de agosto, no Centro de Reabilitação Dom Aquino Corrêa (Cridac). Isso porque o motivo de Mário tirar a própria vida seria uma dívida contraída com agiota para ajudar o social-democrata na campanha de 2012, supostamente no valor de R$ 1 milhão.

Como o montante não estava sendo pago, o servidor teria recebido inúmeras ameaças contra ele e a família, inclusive com violência por parte do cobrador. Diante da situação, desesperado, Mário se matou. “A denúncia não partiu da família, mas o caso também está sendo investigado”, disse um dos promotores do Gaeco que atua na Operação Impostor.

Outras acusações que João Emanuel terá que responder se refere a fraude de documentos, apropriação do dinheiro público em proveito próprio, fraude em contrato de licitação, peculato, corrupção e organização criminosa. Agiotagem para angariar recursos para possível campanha a deputado também está sendo investigada. Neste caso, o vereador teria captado recursos com factorings a fim de dar legalidade ao dinheiro

Os membros do Gaeco, em coletiva concedida nesta quinta (28), não quiseram especificar quais as provas que já foram reunidas contra João Emanuel que fizeram o Tribunal de Justiça não só decretar o afastamento por supostos crimes penais e cíveis, mas também dizer que a documentação apresentado pelo Ministério Público evidencia fortemente conduta que desrespeita a lei.

A única evidência de irregularidade expressa pelo Gaeco trata do gasto de R$ 1,4 milhões só com material gráfico, neste ano, junto a Gráfica Propel, em Várzea Grande, que também presta serviços à Assembleia. Para comparar, o coordenador –geral do Gaeco Marco Aurélio Costa, exemplifica que todas as secretarias da Prefeitura de Cuiabá gastaram em 2013, R$ 500 mil. Também são investigados servidores comissionados diretamente ligados à presidência da Câmara.

A Operação teve início há dois meses. Foram expedidos oito mandados de busca e apreensão, mas nem todos cumpridos ainda. Futuras prisões não estão descartadas. A investigação do Gaeco é mais ampla que a realizada pela Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa do MP. Este último só busca saber sobre a ligação com a gráfica.

   MP contrapõe defesa

O Gaeco ainda desmereceu a competência do advogado de João Emanuel, Eduardo Mahon, dizendo que qualquer bacharel sabe a diferença entre prestar esclarecimentos para Promotoria e para o Gaeco. A declaração se refere ao fato de Mahon ter declarado que os documentos já tinham sido encaminhados e que o vereador já tinha ido à sede do grupo. O coordenador do Gaeco disparou ainda que se a busca e apreensão não fosse necessária, a Justiça não teria expedido.

Fonte RD News

 

 

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