Yuri Bastos Jorge, mais um dos “homens de ouro” de Blairo, é condenado por improbidade administrativa (corrupção, no juridiquês). Decisão é do juiz Alex Nunes de Figueiredo. Ex-presidente do MT Saúde teve seus direitos políticos suspensos por 3 anos
E o vento levou a Era Maggi, livrando a administração de Mato Grosso de
nomes como Blairo Maggi, Luis Pagot, Vilceu Marchetti, Geraldo De Vito e
Yuri Bastos Jorge. Agora, é rezar para que período igual não se repita e
que a Justiça faça as devidas cobranças de quem malbaratou os recursos
públicos durante aquele período
Da pagina do Enock
Decantada em prosa e verso por alguns analistas bastante
condecendentes quanto às contradições dos homens públicos, a Era Maggi,
período em que Mato Grosso esteve submetido ao domínio do agronegócios e
do sojicultor Blairo Maggi, vai sendo, lentamente, decodificada nas
barras dos tribunais. Além de Éder Moraes, Vilceu Marchetti e Geraldo De
Vitto, Yuri Bastos Jorge é outro dos chamados “homens de ouro” da Era
Maggi que vão alimentando, com os inúmeros processos judiciais movidos
pelo Ministério Público contra eles, o histórico nada edificante de um
período de governo que, espera-se, não tenha similar na administração de
Mato Grosso. Confira o noticiário. (EC)
Justiça condena ex-presidente do MT Saúde
A Justiça condenou o ex-presidente do MT Saúde, Yuri Alexey Vieira
Jorge, por atos de improbidade administrativa. A decisão é do juiz Alex
Nunes de Figueiredo, da Vara Especializada em Ação Civil Pública e Ação
Popular de Cuiabá, que julgou parcialmente procedente os pedidos
contidos na ação movida pelo Ministério Público do Estado.
O ex-presidente da autarquia teve seus direitos políticos suspensos
por três anos, além de estar proibido de contratar com o poder público
ou receber incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente,
ainda que por intermédio de pessoa jurídica, da qual seja sócio
minoritário por três anos. O juiz determinou ainda a perda da função
pública de Yuri, “que estiver eventualmente exercendo por ocasião do
trânsito em julgado da sentença”.
De acordo com a denúncia do MP, uma auditoria realizada pelo setor
competente do Estado, no MT Saúde, durante a administração de Yuri
Jorge, constatou diversas irregularidades, como a contratação direta de
pessoal, remunerado por Recibo de Pagamento Autônomo (RPA), apenas com o
desconto do ISSQN, e ainda a contratação de serviços de advocacia, por
meio de licitação, que eram desnecessários diante da pouca demanda.
Em sua defesa Yuri alegou que sua conduta não preencheu nenhum dos
tipos da Lei de Improbidade Administrativa, que sempre agiu com boa-fé
na contratação de pessoal, que a contratação do advogado foi precedida
de licitação e que era necessária diante da especialização dos serviços.
O processo, de 14 volumes, contém uma série de documentos que
demonstram que o ex-presidente do MT Saúde contratou, sem concurso
público, pessoal para trabalhar na autarquia, nas mais diversas funções
(agente administrativo, telefonista, motorista, recepcionista, etc),
utilizando as notas de empenho para o pagamento dessas pessoas.
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