domingo, 28 de setembro de 2014

Eleições 2014: : “Análise da vida pregressa é mais importante que debates e promessas políticas”




O mais importante é o eleitor analisar o caráter do candidato e sua honestidade. Portanto, é fundamental que o cidadão pesquise a vida pregressa dos pretendentes aos cargos públicos. Segundo Ceará, muitos candidatos ao registrarem a sua candidatura, buscam apenas a  imunidade parlamentar ou o foro privilegiado como uma válvula de escape para continuarem impunes dos seus crimes. “A sociedade está se mobilizando para afastar da vida pública os maus políticos. Por isso, o que mais importa, além de acompanhar os cansativos debates eleitorais, é o eleitor fazer uma análise da vida pregressa dos candidatos”, sugere Ceará. 





Centro Oeste Popular


Cristiane Sagioratto
Da Redação


Os eleitores estão céticos diante de tantas promessas e propostas de candidatos que disputam vagas seja para o senado, legislativo estadual e federal, governo do Estado e presidência da República. Além das promessas que, na maioria das vezes não são cumpridas, uma questão que o eleitor mato-grossense deve observar  refere-se a perpetuação no poder de político envolvido em atos de improbidade administrativa, desvio e lavagem de dinheiro, segundo membro do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), Antônio Cavalcante Filho, o Ceará. 

A Lei da Ficha Limpa será aplicada pela primeira vez nas eleições gerais. A regra contou com o apoio de 1,8 milhão de assinaturas para sua aprovação pelo Congresso Nacional. 

A lei proíbe o registro de candidatos com passado obscuro e sujos a concorrerem a cargos eletivos. “Graças a essa lei milhares de candidatos tornaram-se inelegíveis”, comemora Ceará.

O militante ressalta que com a criação da Lei da Ficha Limpa ficou fácil de mostrar à sociedade por meio da mídia todos os atos de improbidade administrativa do candidato que, conforme ele, antes da criação da Lei as irregularidades eram “abafadas”. O político se envolvia em esquemas de corrupção e continuava no poder sem sofrer qualquer punição. “Vemos na mídia avalanches sucessivas de escândalos envolvendo políticos de várias esferas seja ela legislativa, executiva e até membros do poder judiciário envolvidos ou respondendo a dezenas de processos. Hoje esses fatos lamentáveis estão escancarados na nossa cara. O que acontecia antes  era jogado embaixo do tapete. Hoje está sendo revelado e estão sendo eliminados os maus políticos da atual conjuntura”, observa Ceará.

Sugere que o eleitor vote com consciência e não se deixe levar por propostas criadas por marqueteiros e especialistas em desenvolver projetos políticos como forma de conquistar a confiança do eleitorado. O membro do MCCE, Ceará, diz que muitos candidatos que respondem a processos buscam garantir imunidade parlamentar e se livrar das ações judiciais as quais respondem. “O cidadão deve contribuir com uma eleição limpa, votando com consciência. Me deixa muito assustado candidatos que respondem vários processos na Justiça e estão muito bem nas pesquisas”, alerta.

Para ele, o mais importante é o eleitor analisar o caráter do candidato e sua honestidade.  Também é fundamental que o cidadão pesquise a vida pregressa do candidato. Pondera que muitas vezes os candidatos buscam tão somente a imunidade parlamentar ou o foro privilegiado. “A sociedade vem se mobilizando para afastar os maus políticos. Mais importante que acompanhar os simples debates eleitorais, é o eleitor fazer uma análise da vida pregressa do candidato”, sugere Ceará.

Financiamento Privado de Campanhas  

Em relação ao financiamento privado das campanhas políticas, Ceará afirma que é totalmente contra esse tipo de prática. Na avaliação dele, o objetivo de um empresário em financiar qualquer campanha política é uma forma de enriquecimento e capitalização da empresa.  O representante do MCCE observa que todos os recursos financeiros aplicados de uma empresa com destinação a uma campanha política é com o intuito de se aproveitar o momento político para tirarem proveito econômico. “Sou totalmente contra o financiamento de campanha. Quem elege o candidato é o eleitor, o cidadão e não a empresa que financiou sua campanha. A empresa quando doa mil reais para uma campanha terá um retorno de 850% sobre o valor financiado”, ressalta. Diz ainda que o resultado do financiamento privado de campanhas reflete no superfaturamento das obras e que a maioria delas são de péssima qualidade. O caos na saúde, a falta de saneamento básico, deficiência no transporte coletivo, insegurança e falta de qualidade dos serviços prestados à população são os reflexos do financiamento privado de campanha. São incontáveis os maus gerados por essa prática pelas empresas. A população é a mais prejudicada com o financiamento de campanhas eleitorais”, assinala Ceará.  

Política x Politicalha

Ceará orienta também que o cidadão deve saber diferenciar política da politicalha. Na visão dele, a política é algo nobre, sublime, é a arte de bem governar os povos e a mesma deve ser feita para o bem da coletividade. Já a politicalha é em prol das elites governantes que sempre trataram a coisa pública como privada. “A política é o que nós pretendemos construir. Queremos mobilizar e propor ao Congresso Nacional leis de iniciativa popular. Afastar os maus políticos que estão se perpetuando no poder. Devemos separar o joio do trigo. No Brasil, sempre existiu o controle da coisa pública por uma elite que a usa para satisfazer seus interesses econômicos em detrimento dos interesses do universo social”.

Eleições Limpas

Na avaliação do membro do MCCE, compete a sociedade civil ser mais participativa nas questões que envolvem atos de corrupção por parte dos políticos. “Devemos unir forças e nos mobilizar rumo a Reforma Política e Eleições Limpas, pois ela se faz necessária antes da reforma tributária, educacional, seja qual reforma for”, diz. Desde 2012, ex-gestores e fichas-sujas não conseguiram mais se candidatar por conta da aplicação da Lei da Ficha Limpa. Muitos estão envolvidos em processos por fraudes, compra de votos, improbidade entre outras infrações. “Temos muitas figuras emblemáticas entre esses respondendo por vários processos”, dispara Ceará.

A Lei da Ficha Limpa deixa inelegível aqueles políticos que tem condenação e processos condenatórios em 2ª instância num colegiado no Tribunal de Justiça ou no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). “O eleitor deve fazer sua parte, votar com consciência. Não é apenas assistir os debates políticos, as propostas, as promessas. O mais importante é o cidadão e eleitor antes de votar pesquisar a vida pregressa do candidato e verificar se ele não responde algum processo. Ao meu ver, muitos candidatos que respondem a processos buscam se eleger ao cargo eletivo a deputado estadual, federal, senador  para garantir a imunidade parlamentar que é uma forma também de estarem se “livrando” dos processos que eles respondem.

Para a maior eficácia da lei, o cidadão deve contribuir também.  Mesmo aqueles candidatos que não têm condenação, ou seja, que não estão inelegíveis compete ao cidadão pesquisar sua vida pregressa”, finaliza Ceará.

Fonte Centro Oeste Popular 





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