Servidores e servidoras do TCE fazem história, com abraço ao Tribunal e manifestação que repudia, preventivamente, a indicação de conselheiros ficha-suja. Sem citar nomes, esses lutadores sociais estavam falando do notório Gilmar Fabris, é claro, que participa de articulação liderada pelo deputado Riva, na Assembleia, para ser nomeado no lugar de outro ficha-suja, o atual conselheiro Bosaipo, que está tentando se afastar para se livrar de julgamento final no Superior Tribunal de Justiça
Dentro da Assembleia, manifestantes cantaram em coro: “É ou não é, piada de má fé, nomear ficha suja para atuar no TCE”
Os servidores e servidoras do Tribunal de Contas de Mato Grosso, em
uma mobilização inédita, foram para as ruas protestar contra a possível
indicação de um candidato ficha suja para ocupar a vaga a ser aberta com
a possível aposentadoria (ou com a possível demissão compulsória) do
atual conselheiro Humberto Bosaipo, alvo de uma série de processos por
corrupção.
A manifestação histórica aconteceu na tarde desta terça-feira (25),
no Centro Politico Administrativo, em Cuiabá, com os servidores e as
servidoras vestidos de luto e dando um abraço coletivo e simbólico no
prédio do Tribunal de Contas.
O protesto coletivo teve como pano de fundo as noticias que dão conta
de que o suplente de deputado estadual Gilmar Fabris (PSD), assumiria a
cadeira, por indicação da AL, em articulação que está sendo capitaneada
pelo deputado José Geraldo Riva, principal liderança do partido.
Gilmar Fabris é acusado em diversos escândalos, como na Operação
Ararath, deflagrada pela Policia Federal e que investiga supostos crimes
de lavagem de dinheiro e contra o sistema financeiro. Curiosamente,
nesta terça, foi divulgada mais uma ação do Ministério Público contra
ele, por possível envolvimento no chamado Escândalo das Cartas Marcadas,
fraude que em que se teria desviado dos cofres estaduais quantia
próxima a 400 milhões de reais.
“Gostaríamos que os senhores deputados se sensibilizassem e fizessem
uma indicação de forma transparente, evitando que seja mandado para o
órgão pessoas que tenham problemas com a justiça, ou que desabone sua
conduta moral. Nós sempre questionamos o processo de indicação para o
TCE, sempre foi um conselheiro aposentar e no mesmo dia já ser
apresentando um novo nome, sem se ter feito uma discussão com a
sociedade ou sabatina efetivamente. Para ser um conselheiro não pode ser
qualquer pessoa”, defendeu Vander da Silva Melo, presidente da Audipe –
Associação dos Auditores Públicos Externos do TCE e um dos
organizadores do ato.
Além da Audipe, a manifestação contou com o apoio da Associação dos
Técnicos do Controle Público e Externo do TCE-MT (Astecompe), Associação
dos Auditores Públicos Externos do TCE (Audipe), Sindicato dos
Trabalhadores do TCE-MT (Sinttcontas) e Associação dos Aposentados do
TCE-MT (AAPTCE), MCCE, Ong Moral e Fórum Sindical de Mato Grosso e
outras entidades populares.
Vander da Silva Melo, presidente da Audipe. Fotos Hegla Oleiniczak
O MCCE e a Ong Moral fortaleceram a manifestação dos servidores do Tribunal de Contas
Promotor de Justiça Miguel Slhessarenko, presidente da Associação
Mato-grossense do Ministério Público, também presente e solidário na
luta
Fonte pagina do Enock
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