quarta-feira, 26 de novembro de 2014

É ou não é, piada de má fé, nomear ficha suja para atuar no TCE”




Servidores e servidoras do TCE fazem história, com abraço ao Tribunal e manifestação que repudia, preventivamente, a indicação de conselheiros ficha-suja. Sem citar nomes, esses lutadores sociais estavam falando do notório Gilmar Fabris, é claro, que participa de articulação liderada pelo deputado Riva, na Assembleia, para ser nomeado no lugar de outro ficha-suja, o atual conselheiro Bosaipo, que está tentando se afastar para se livrar de julgamento final no Superior Tribunal de Justiça

 Pagina do Enock



Dentro da Assembleia, manifestantes cantaram em coro: “É ou não é, piada de má fé, nomear ficha suja para atuar no TCE”

Os servidores e servidoras do Tribunal de Contas de Mato Grosso, em uma mobilização inédita, foram para as ruas protestar contra a possível indicação de um candidato ficha suja para ocupar a vaga a ser aberta com a possível aposentadoria (ou com a possível demissão compulsória) do atual conselheiro Humberto Bosaipo, alvo de uma série de processos por corrupção.

A manifestação histórica aconteceu na tarde desta terça-feira (25), no Centro Politico Administrativo, em Cuiabá, com os servidores e as servidoras vestidos de luto e dando um abraço coletivo e simbólico no prédio do Tribunal de Contas.

O protesto coletivo teve como pano de fundo as noticias que dão conta de que o suplente de deputado estadual Gilmar Fabris (PSD), assumiria a cadeira, por indicação da AL, em articulação que está sendo capitaneada pelo deputado José Geraldo Riva, principal liderança do partido.

Gilmar Fabris é acusado em diversos escândalos, como na Operação Ararath, deflagrada pela Policia Federal e que investiga supostos crimes de lavagem de dinheiro e contra o sistema financeiro. Curiosamente, nesta terça, foi divulgada mais uma ação do Ministério Público contra ele, por possível envolvimento no chamado Escândalo das Cartas Marcadas, fraude que em que se teria desviado dos cofres estaduais quantia próxima a 400 milhões de reais.

“Gostaríamos que os senhores deputados se sensibilizassem e fizessem uma indicação de forma transparente, evitando que seja mandado para o órgão pessoas que tenham problemas com a justiça, ou que desabone sua conduta moral. Nós sempre questionamos o processo de indicação para o TCE, sempre foi um conselheiro aposentar e no mesmo dia já ser apresentando um novo nome, sem se ter feito uma discussão com a sociedade ou sabatina efetivamente. Para ser um conselheiro não pode ser qualquer pessoa”, defendeu Vander da Silva Melo, presidente da Audipe – Associação dos Auditores Públicos Externos do TCE e um dos organizadores do ato.

Além da Audipe, a manifestação contou com o apoio da Associação dos Técnicos do Controle Público e Externo do TCE-MT (Astecompe), Associação dos Auditores Públicos Externos do TCE (Audipe), Sindicato dos Trabalhadores do TCE-MT (Sinttcontas) e Associação dos Aposentados do TCE-MT (AAPTCE), MCCE, Ong Moral e Fórum Sindical de Mato Grosso e outras entidades populares.


 Vander da Silva Melo, presidente da Audipe. Fotos Hegla Oleiniczak



  O MCCE e a Ong Moral fortaleceram a manifestação dos servidores do Tribunal de Contas


Promotor de Justiça Miguel Slhessarenko,  presidente da Associação Mato-grossense do Ministério Público, também presente e solidário na luta





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