terça-feira, 25 de novembro de 2014

GILMAR FABRIS NO TCE, NÃO! NUNCA! JAMAIS!


Ministério Público Estadual e Federal, MCCE e demais entidades que compõem a Rede de Controle da Gestão Pública, em Mato Grosso, reforçam mobilização de servidores do Tribunal de Justiça no esforço para barrar a indicação de sucessor de Humberto Bosaipo, no Tribunal de Contas, que não atenda aos requisitos constitucionais exigidos para o cargo, notadamente a REPUTAÇÃO ILIBADA. Ainda que mais burocráticos e abusando do juridiquês, eles também gritam, em surdina: GILMAR FABRIS NO TCE, NÃO! NUNCA! JAMAIS! Indicação está sendo tramada nos bastidores da Assembleia e do Paiaguás, pelo deputado José Geraldo Riva, como espécie de “canto do cisne” do parlamentar mais processado por corrupção em MT





NOTIFICAÇÃO
Instituições se mobilizam e cobram cumprimento dos requisitos constitucionais para escolha de novo conselheiro do TCE 

Entidades da Rede de Controle se reuniram no auditório do prédio das promotorias do Ministério Público Estadual, ao lado do Fórum de Cuiabá



DO MPE-MT

A divulgação de notícias sobre a abertura de uma nova vaga para conselheiro no Tribunal de Contas do Estado, que seria preenchida com base em indicação da Assembleia Legislativa, levou o Ministério Público do Estado de Mato Grosso a expedir notificação recomendatória aos chefes dos Poderes Executivo e Legislativo e à Presidência do Tribunal de Contas alertando sobre a obrigatoriedade do cumprimento dos requisitos constitucionais exigidos para tal cargo. 

As 13 instituições que integram a Rede de Controle da Gestão Pública também realizaram “Apelo público” para chamar a atenção da sociedade sobre o assunto.De acordo com a Constituição Federal, para se tornar um conselheiro no Tribunal de Contas o interessado deve ter entre 35 a 75 anos de idade, ter idoneidade moral, reputação ilibada e notório conhecimento jurídico, contábil, econômico e financeiro ou de administração pública, com experiência mínima de 10 anos. 

O candidato deve ainda ter aprovação prévia da Assembleia Legislativa e ser nomeado pelo Governador do Estado.Nas notificações expedidas pelo MPE, foram apresentadas várias recomendações, entre elas, a realização de procedimento administrativo prévio com critérios relacionados à comprovação dos requisitos constitucionais; publicidade ampla; prazo de inscrição de no mínimo 30 dias; possibilidade de impugnação das candidaturas; decisão das impugnações e controle social; sabatina e decisão por votação aberta e nominal, devidamente motivada. Também foi sugerida a edição de ato legislativo próprio com a descrição de todas as etapas do procedimento de escolha para indicação pela Assembleia Legislativa. 

MOBILIZAÇÃO: Nesta segunda-feira (24), os representantes das entidades que integram a Rede de Controle da Gestão Pública em Mato Grosso também concederam entrevista coletiva à imprensa com o objetivo de chamar a atenção da sociedade sobre a forma como vem sendo feita a escolha dos conselheiros. As instituições cobram transparência e publicidade.

“Ninguém quer retirar a prerrogativa da Assembleia Legislativa em relação à escolha do conselheiro do Tribunal de Contas, muito pelo contrário, queremos referendar, mas queremos também que essa escolha ocorra de maneira, transparente e pública, com a efetiva participação da sociedade”, esclareceu o promotor de Justiça que atua no Núcleo de Defesa do Patrimônio Público, Roberto Aparecido Turim.

O procurador-geral de Justiça, Luiz Alberto Esteves Scaloppe, também defendeu rigor no cumprimento dos requisitos constitucionais. “Vejo essa mobilização como uma marcha cívica em defesa do interesse público. É um apelo público para que os deputados eleitos pelo povo não violem a Constituição”, afirmou.

CAMPANHA: Durante a coletiva, foi lançada a “Campanha Conselheiro Cidadão”. A iniciativa tem como objetivo alcançar a adesão da sociedade para estimular a participação da sociedade, fomentar a inscrição de cidadãos no processo de escolha de conselheiros do Tribunal de Contas de Mato Grosso e propor à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa a edição de Resolução fixando os procedimentos de inscrição, comprovação e avaliação objetiva dos requisitos e classificação dos candidatos ao cargo.

REGIMENTO: Também, nesta segunda-feira, os conselheiros substitutos do TCE, aprovados em concurso público, e membros do Ministério Público de Contas, entregaram ao presidente do órgão, conselheiro Waldir Teis, a proposta de alteração do regimento interno. Eles defendem o mesmo rigor exigido no momento da nomeação do servidor aprovado em concurso público, no que se refere à documentação, para a posse do conselheiro.

Gilmar Fabris, criatura política que surgiu sob a benção do cacique Júlio Campos (da velha Arena), hoje segue sobrevivendo a processos e ameaças de prisão à sombra do PSD – partido do deputado mais processado por corrupção em Mato Grosso, José Geraldo Riva. 

No apagar da Era Riva, Fabris tenta se credenciar para substituir Humberto Bosaipo, outro pupilo de Riva que está se aposentando como conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso,  para impedir que julgamentos contra ele sejam concluídos no Superior Tribunal de Justiça e tenham que voltar às instâncias regionais assim que Bosaipo voltar a ser um “homem comum do povo”. 

Já Gilmar Fabris, segundo analistas, busca se tornar conselheiro para se revestir do prerrogativa de foro, que ainda beneficia conselheiros de tribunais de contas, e impedir que os julgamentos contra ele, que estão prestes a se concluir no Judiciário de Mato Grosso, sejam remetidos para a corte em Brasilia, garantindo-lhe novo fôlego nas batalhas judiciais, assim que ele se tornar conselheiro. 

Como não conseguiu se reeleger deputado estadual, a perspectiva de ficar sem mandato e sem o foro privilegiado, certamente que espanta Fabris, mestre na arte da sobrevivência política, apesar da ousada blasonaria que marca sua atuação. 

Esse é um rápido resumo das idas e vindas de processos que envolvem dois homens abaixo de muitas suspeitas. Servidores do TCE-MT, entidades do movimento social, e 13 instituições que compõem a Rede de Controle da Gestão Pública, em Mato Grosso, se mobilizam para impedir a vitória dessa articulação que se processa nos bastidores dos poderes Legislativo e Executivo e pode beneficiar Fabris e coroar o caciquismo de Riva na Assembleia, onde os demais parlamentares ganharam do deputado Percival Muniz (PPS) o epíteto de “caititus” devido à permanente genuflexão em relação ao pai da deputado eleita Janaina Riva.



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