sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Fascistas invadem o Congresso Nacional


O PSDB e DEM teriam alugado ônibus para levar de São Paulo e Pernambuco um grupo de 200 manifestantes pagos para promover o empastelamento do Legislativo




Carta Maior

Por Altamiro Borges 

A direita nativa, que não engoliu até hoje a derrota nas eleições de outubro, está disposta a tudo para sabotar o governo de Dilma Rousseff. Nas ruas de algumas capitais, grupos de fanáticos gritam pelo impeachment da presidente e pedem o retorno da ditadura militar. Nas redes sociais, os fascistóides vomitam preconceitos contra os nordestinos e pregam a divisão territorial do Brasil. Nesta terça-feira (2), porém, estes grupelhos resolveram ousar ainda mais e invadiram o Congresso Nacional. Aos berros de “Fora PT” e “Vai para Cuba”, uma minoria barulhenta impediu a votação do projeto que promove ajustes nas metas fiscais do governo. A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) foi xingada de “vagabunda”!

A ação fascistóide foi previamente organizada. Num vídeo, o patético Lobão convocou seus lunáticos seguidores para o protesto em Brasília – mas ele mesmo não apareceu, alegando outros compromissos. Sites de agrupamentos fascistas – que defendem um novo golpe militar e o desmembramento do país – também reforçaram a convocatória. O pior, porém, foi a postura adotada pelo PSDB e DEM, cada vez mais metidos na ofensiva golpista. Eles garantiram o apoio aos agressivos manifestantes. Há boatos, inclusive, de que estes partidos ajudaram a bancar as despesas dos fascistóides. Entre os mais histéricos apoiadores da invasão ao Congresso Nacional estava o derrotado Aécio Neves.

Segundo relato do jornal Valor, o tumulto causado pelos manifestantes levou o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), a suspender a votação. “A atitude foi motivada pelo enorme barulho provocado pelos populares, que gritavam palavras de ordem e atrapalhavam a sessão. O estopim da confusão foi o protesto da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) de que gritos de ‘vagabunda’ teriam sido proferidos enquanto a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) falava na tribuna”. O jornal, que não disfarça mais seu oposicionista, também registra que “alguns manifestantes trajavam camisetas com inscrições ‘impeachment já’” e que eles ocuparam as galerias com a ajuda do PSDB e DEM.

A invasão do Congresso Nacional por grupelhos fascistas é um fato gravíssimo. Mais grave, porém, como aponta o blogueiro Eduardo Guimarães, é que esta ação tresloucada conte com o apoio dos partidos de oposição. “PSDB e DEM alugaram ônibus para levar de São Paulo e Pernambuco um grupo de 200 manifestantes pagos que, em plena terça-feira, deixaram suas vidas, seus empregos em seus Estados de origem para promover o empastelamento do Legislativo federal. O presidente do Senado, Renan Calheiros, denunciou esse atentado à democracia praticado pelo PSDB e pelo DEM, em sua marcha golpista, iniciada após serem derrotados nas urnas”. Ele também lamenta a cumplicidade da mídia.

Nos telejornais, os fascistóides foram tratados como vítimas da ação truculenta da segurança do Congresso. “Uma mulher, identificada como Ruth Gomes de Sá, ligada ao PSDB, estava incontrolável. Tentava chutar os agentes da Polícia Legislativa que tentavam controlar cerca de duas dezenas de manifestantes. Teve que ser contida. A mídia, porém, acusa só o momento em que foi imobilizada por um agente, sem explicar a causa”. Como ele alerta, a ação desta terça-feira faz parte da escalada golpista em curso no país. É urgente uma reação das forças democráticas!




A história real da velhinha do Congresso que ‘poderia ser sua mãe’


Pobrezinha


por : Paulo Nogueira  
 
E eis que descobrimos que a pobre velhinha, aquela senhora que poderia ser a mãe ou a avó de qualquer um de nós, mataria todos os comunistas bolivarianos lulodilmistas do Brasil e do mundo se lhe dessem armas para isso.

Durou pouco, bem ao estilo da Era Digital, a farsa montada em torno de Ruth Gomes de Sá depois que ela foi fotografada quando um segurança a continha no Congresso.

Quanto não houve nada perigoso no gesto do segurança os fatos subsequentes provaram: nos momentos seguintes, lá estava dona Ruth concedendo entrevistas a jornalistas nas quais afirmava que voltaria ao Congresso para continuar o que vinha fazendo.

Numa palavra, tumultuar.

A jornalista Carla Carretta Kunze fez o que nenhum repórter das grandes companhias fez: foi checar a acurácia das declarações da idosa no Facebook.

E então descobriu, primeiro, que a “aposentada” se apresentava como servidora pública.

Depois, que é integrante de um grupo de extrema direita que prega não apenas o impeachment de Dilma, mas uma intervenção militar nos moldes da de 64. Acabara a farsa.

Rapidamente, a boa senhora retirou seu perfil no Facebook do ar.

Não sem antes, é claro, ser objeto de simulada comoção entre direitistas como ela.

Lobão, que caminha para ser igual a ela no futuro não tão remoto, retuitou uma frase que dizia o seguinte: “Podia ser sua mãe.”

Bem, poderia, mas só se sua mãe quisesse ver esquerdistas pendurados no poste por todo o país.

O Facebook da doce velhinha tinha uma foto reveladora, na qual ela aparecia ao lado de Aécio, não o de papelão, mas o real.



Isso mostra o quanto o PSDB se misturou com a extrema direita.

Houve uma tentativa de um ou outro tucano, como Xico Graziano, de desvincular o PSDB de radicais conservadores, mas não deu em nada.

Também aí o PSDB repete a UDN: na proximidade com quem quer dar um golpe.

Antes, era Jango o alvo. Agora, é Dilma.

Mudaram os tempos e os nomes, mas não a estratégia. Falar obsessivamente em “mar de lama”, com a ajuda infinita dos barões da imprensa.

No mundo fantasioso que se tenta criar, Dilma, Lula e o PT inventaram a corrupção no Brasil. Ou reinventaram, uma vez que Jango já tinha feito isso na década de 1960, e antes dele Getúlio.

No caso Petrobras, por exemplo, não é um problema estrutural e velho, ainda que o delator diga que desde Sarney – incluído FHC, claro – cargos altos tinham origem política.

Também não vale nada que o delator tenha afirmado que o ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra, já morto, tomou 10 milhões da Petrobras para evitar uma CPI.

Circula na internet, neste campo, um vídeo em que Guerra, ao lado de Aécio, faz um inflamado ataque ao PT por conta da Petrobras. Caso se confirme a propina de 10 milhões, terá sido uma das cenas mais infames da moderna política brasileira. (No fim do artigo, você pode assistir ao vídeo.)

É em meio a isso tudo que surgem, abraçados ao PSDB, figuras como a pobre- senhora- que- poderia- ser- sua- mãe- se- sua- mãe- quisesse- matar- todos- os- bolivarianos.

A imagem dela ao lado de Aécio, os dois num sorriso histérico, conta muito sobre ambos e o ambiente político que os cerca.

Fonte Diário do Centro do Mundo

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