Dilma foi eleita democraticamente. Os ataques golpistas tiveram
continuidade após as eleições. Tentam responsabilizar Dilma e o PT por
tudo de ruim que acontece no mundo. Passam os dias mostrando apenas
negatividade nos seus programas. Tentam baixar a auto estima do povo
brasileiro. Atacam a Petrobras, nossa maior empresa e a maior empresa de
petróleo do mundo. Se juntaram um Juiz com Procuradores e Delegados
tucanos para gerar delações utilizando métodos nazistas. Vazam das
delações, sem provas, ataques ao PT e o Governo e passam o tempo todo
tentando envolver a Presidenta, que foi quem autorizou as investigações e
demitiu os corruptos, como Paulo Roberto Costa, da Petrobras. O Brasil
tem o menor índice de desemprego de sua história, o salário mínimo e o
salário médio dos brasileiros sobem acima da inflação há 12 anos,
milhões saíram da pobreza e a juventude brasileira, por causa do PROUNI,
PRONATEC, Ciência Sem Fronteiras e outros programas, tem acesso a
Escola e a Universidade como nunca teve. Eles querem golpear este país e
este povo. E a Rede Globo coloca definitivamente seus cães na rua em
defesa do golpe. Veja o que disse o Direto Erick Bretas da Globo:
Erick Bretas, diretor de mídias digitais da Globo, anunciou no Facebook que estará na manifestação pelo impeachment da presidente Dilma Roussef,
Sua nota-conclamação:
O carnaval, a conclusão do MBA e alguns afazeres domésticos me
fizeram andar meio afastado aqui do Facebook, ao menos das conversas
sobre política. Confesso que gostaria de continuar falando sobre
amenidades, mas não dá.
Decidi que no dia 15 de março, um domingo, estarei mesmo na
manifestação pelo impeachment da presidente Dilma Roussef, no Posto 5,
em Copacabana, às 9:30h.
Não defendo quartelada nem intervenção militar. Não me alinho com a
direita hidrófoba e obscurantista de Bolsonaros e Felicianos. Mas também
não sou omisso diante do que está acontecendo no país. Os fatos dos
últimos dias me fizeram ter certeza de que só a pressão popular pode
salvar o Brasil de mais um assalto — agora, às instituições.
Para quem não acompanhou o noticiário, um resumo:
1 – O ministro da Justiça (e candidato ao STF) José Eduardo Cardozo
recebeu advogados da empreiteira Odebrecht em seu gabinete para discutir
a Lava-Jato. Isto é o que ele reconhece ter feito.
Segundo vários veículos de imprensa, o que dizem participantes deste e
de outro encontro com advogados de empreiteiras é que o ministro da
Justiça tem assegurado à defesa dos barões das construtoras que a
chegada da Lava-Jato ao Supremo vai representar uma reviravolta no
processo.
Num país que não seja uma república bananeira, o encontro do ministro
da Justiça com advogados de empreiteiros investigados pela polícia
subordinada ao ministro já seria motivo para sua demissão. Essa é a
opinião do ex-presidente do Supremo, Joaquim Barbosa. E minha também.
Pior: a Veja desta semana diz que Cardozo teria pedido à defesa de
Sergio Pessoa, presidente da UTC e chefe do chamado “Clube do Bilhão”
para não assinar um acordo de delação premiada.
2 – O presidente do Instituto Lula admitiu ter recebido
representantes das empreiteiras implicadas na Lava-Jato para discutir as
“dificuldades” provocadas pela investigação policial.
A simples reunião em uma mesma sentença das expressões “Instituto Lula”, “empreiteiros” e “policial” já soa estranha.
O Instituto Lula não foi criado para preservar o acervo e a memória
do ex-presidente? Não era para ser tipo assim, um think tank, uma
biblioteca, um centro de debates sobre o país, que nem os institutos dos
ex-presidentes americanos? O que faz o presidente de uma instituição
com este perfil dialogar com representantes de empreiteiros presos por
corrupção?
3 – Depois de passar dois meses sem conceder entrevistas, a
presidente da República saiu-se com essa: “Se um funcionário da
Petrobras tivesse sido investigado no governo FHC, ele não teria
desviado milhões mais tarde”.
Eu nunca toquei na banda dos que se horrorizam com a presidente, que a
chamam de terrorista, que espalham boatos infundados sobre sua
honestidade. Na verdade, a história pessoal da presidente sempre me
inspirou uma certa simpatia. Uma mulher que combateu a ditadura, foi
torturada, parecia ter firmeza de propósitos. Essas coisas que falam ao
coração de quem já foi de esquerda, sabem?
Mas quando vem a público e diz uma coisa dessas, a presidente está
sendo desonesta e não há passado que sustente o que lhe restava de
respeito junto a brasileiros minimamente informados. Aliás, o que Dilma
conseguiu com isso foi provocar memes hilariantes.
A presidente não acredita no que diz, tenho certeza disso. Se está
reproduzindo algo a mando de João Santanna ou de Lula, não importa. Mas
ela sabe que tentar jogar a corrupção na Petrobras no colo dos tucanos é
diversionismo, é tentar criar uma cortina de fumaça para que o cidadão
mais pobre e menos informado se confunda.
E aí reforça minha convicção de que não dá mais para ela.
Já não dava para ela se sair com o “Eu não sabia” que salvou Lula da
degola no Mensalão. Dilma era presidente do Conselho de Administração da
Petrobras quando aconteceu tudo o que vem a público agora. Deveria ser a
brasileira mais interessada nas práticas de governança da empresa pelos
anos em que lá esteve.
Ainda que por negligência — se não por má-fé –, paira sobre ela a
responsabilidade pelo desvio de centenas de milhões de dólares dos
cofres da Petrobras.
E é de responsabilidade que trata o impeachment. A análise objetiva
desta questão cabe aos constitucionalistas. Eu não entendo disso e não
vou me arriscar no tema. Mas o impeachment é também um processo
político. Ele reflete a visão do parlamento sobre as condições de um
presidente permanecer no cargo. E o parlamento se deixa influenciar pelo
barulho que vem das ruas.
Fonte Blog Luiz Müller
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