Em relação às fraudes dentro do Parlamento, o MCCE argumenta que o ex-presidente Riva foi preso, no último final de semana, em razão de supostas irregularidades em licitações na Assembleia.
Patrícia Sanches
O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral oficializa hoje (24)
pedido de abertura de duas Comissões Parlamentares de Inquérito para
investigar as obras inacabadas da Copa e Hospital Central e o desvio de
recursos em processos licitatórios no próprio Parlamento, que podem ter
gerado desvio de R$ 65 milhões. “Que vossa excelência se digne a
instaurar a CPI das Obras Inacabadas e a CPI das Papelarias", diz o
pedido.
Conforme justificativa do movimento, as comissões teriam, pelo menos,
três vertentes bastante distintas, o que pode travar a instauração,
especialmente a das Obras Inacabadas, que teria como objetos obras
executadas na gestão Silval Barbosa (PMDB) e o hospital central, que
começou a ser feito há 3 décadas, passando por várias administrações. De
todo modo, as solicitações serão apresentadas às 10h ao presidente do
Legislativo Guilherme Maluf (PSDB). Todos os tópicos da solicitação
foram abordados por reportagem do Fantástico, no domingo (22).
No requerimento, o MCCE lembra que Mato Grosso se comprometeu a
entregar 56 obras para a Copa, mas apenas 22 ficaram prontas, sendo que
algumas como os viadutos da Sefaz, da UFMT e Dom Orlando já apresentam
defeitos.
"Infelizmente a tradição de obras inacabadas em Mato Grosso não é
recente e remonta há muitos anos, sendo que o ícone mais visível é o
hospital central de Cuiabá, cujas obras estão paralisadas há quase 30
anos", diz trecho do pedido. Enquando nas obras da Copa os principais
investigados seriam o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e os
ex-secretários Eder Moraes e Maurício Guimarães, no caso do hospital
central o caso já está judicializado desde 2003. Entre os que respondem a
ação na Justiça estão empreiteiros e o ex-governador e ex-senador Jayme
Campos.
Ainda segundo o documento, um dos empreiteiros responsável pela obra
inacabada do hospital foi contratado pela Assembleia para fazer o
estacionamento do Legislativo ao custo de R$ 30 milhões. "Um tapa na
cara do contribuinte que não tem estradas, não tem escola pública
decente e nem posto de saúde para a sua família".
Em relação às fraudes dentro do Parlamento, o MCCE argumenta que o
ex-presidente Riva foi preso, no último final de semana, em razão de
supostas irregularidades em licitações na Assembleia.
Os pedidos terão que ser votados pelos deputados, que decidem também
sobre a possível criação da CPI do VLT, que tem como alvo as obras
inacabadas da Copa. Neste caso, a proposta partiu da deputada estadual
Janaína Riva (PSD), filha do ex-presidente do Parlamento que será, caso a
comissão da Papelaria seja criada, o principal alvo.
Fonte RD News
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