Pelo que informa o MP, delação premiada do Junior Mendonça, permitiu ao Gaeco documentar mais um golpe que Riva teria montado graças ao imenso domínio que exercia sobre a Assembleia e seus caititus, facilitado pelos ex-governadores Dante de Oliveira, Blairo Maggi e Silval Barbosa, que sempre tiveram em Riva uma espécie de cúmplice político da maior confiança. Como sempre, Riva teria recorrido à montagem de empresas de fachada para desviar em proveito próprio mais de 60 milhões com falsas compras envolvendo empresas do ramo de papelaria.
Mas a pergunta que não quer calar já se ouve nos
botecos da Praça Popular e mesmo nos botecos da periferia: Riva ficará
preso até quando? Será que na segunda ele já estará de volta à sua
mansão, dizendo mais uma vez que é vítima de decisões judiciais com viés
político?
Não há mais mistério. O ex-presidente da Assembleia Legislativa de
Mato Grosso, ex-deputado José Geraldo Riva (PSD), foi parar na cadeia,
neste sábado chuvoso de 21 de fevereiro de 2015, porque, segundo o
Ministério Público, foi novamente flagrado usando empresas de fachada
para desviar mais de R$ 60 milhões com compras fajutas que envolveriam
cinco empresas do ramo de papelaria. Como se vê, apesar de ser alvo de
mais de 100 denúncias que apontavam esse que seria uma espécie de vicio
criminoso, Geraldo Riva continuava, ao que indica o MP, insistindo
acintosamente na prática deste tipo de crime, que é a utilização de
empresas de fachada.
Por que tanta ousadia da parte de José Riva? Talvez seja por confiar
na enorme blindagem que seus caititus sustentavam para ele dentro da
Assembleia, além da proteção de notórios caciques da política de Mato
Grosso, como Dante de Oliveira, Antero Paes de Barros, Carlos Bezerra,
Jayme e Júlio Campos, Silval Barbosa que sempre mantiveram com Riva
relação de cumpadrio intenso, ainda que com rompimentos ocasionais, como
se observa, atualmente, no caso do ex chefe da Casa Civil do governo de
Dante de Oliveira, o ex-senador Antero Paes de Barros, arrastado pelas
águas da política para sua atual convivência no grupo capitaneado pelo
atual governador Pedro Taques e pelo prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes.
Ao lado de Dante, porque Dante paparicava o Riva, Antero também
paparicava o Riva. Hoje ao lado do Zé Pedro Taques que não cruza bem com
o Riva, o Antero passou também a falar cobras e lagartas do Riva.
Nossos caciques politicos são óbvios assim.
A ousadia de Riva, certamente, também foi incentivada e escorada pelo
enorme apoio de mídia com que contou enquanto comandava os negócios da
Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Grupos como A Gazeta, Grupo
Zahran, Grupo TV Cidade Verde, Olhar Direto, Midia News, RD News, etc,
etc, sempre tiveram uma convivência muito fraterna com este fenômeno da
política regional que é o deputado José Geraldo Riva que, manipulando
poderosas verbas publicitárias, soube garantir que o noticiário regional
não o expusesse da mesma forma que o “Fantástico” imagino que deva
expô-lo em sua edição deste domingo (22).
No destaque, você confere a denúncia do Ministério Pública e o passo a
passo da Operação Imperador que acabou levando Riva à prisão, mais uma
vez, neste sábado chuvoso. Mas a pergunta que não é calar já se ouve nos
botecos da Praça Popular e mesmo nos botecos da periferia: Riva ficará
preso até quando? Será que na segunda ele já estará de volta à sua
mansão, dizendo mais uma vez que é vítima de decisões judiciais com viés
político?
LEIA A DENUCIA DO MP:
MP denuncia Riva por peculato e formação de quadrilha e pede a sua prisão
LEIA A DENUCIA DO MP:
MP denuncia Riva por peculato e formação de quadrilha e pede a sua prisão
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