sábado, 21 de fevereiro de 2015

OPERAÇÃO IMPERADOR É UM DESDOBRAMENTO DA OPERAÇÃO ARARATH:


Pelo que informa o MP, delação premiada do Junior Mendonça, permitiu ao Gaeco documentar mais um golpe que Riva teria montado graças ao imenso domínio que exercia sobre a Assembleia e seus caititus, facilitado pelos ex-governadores Dante de Oliveira, Blairo Maggi e Silval Barbosa, que sempre tiveram em Riva uma espécie de cúmplice político da maior confiança. Como sempre, Riva teria recorrido à montagem de empresas de fachada para desviar em proveito próprio mais de 60 milhões com falsas compras envolvendo empresas do ramo de papelaria.


Mas a pergunta que não quer calar já se ouve nos botecos da Praça Popular e mesmo nos botecos da periferia: Riva ficará preso até quando? Será que na segunda ele já estará de volta à sua mansão, dizendo mais uma vez que é vítima de decisões judiciais com viés político?




Não há mais mistério. O ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, ex-deputado José Geraldo Riva (PSD), foi parar na cadeia, neste sábado chuvoso de 21 de fevereiro de 2015, porque, segundo o Ministério Público, foi novamente flagrado usando empresas de fachada para desviar mais de R$ 60 milhões com compras fajutas que envolveriam cinco empresas do ramo de papelaria. Como se vê, apesar de ser alvo de mais de 100 denúncias que apontavam esse que seria uma espécie de vicio criminoso, Geraldo Riva continuava, ao que indica o MP, insistindo acintosamente na prática deste tipo de crime, que é a utilização de empresas de fachada.

Por que tanta ousadia da parte de José Riva? Talvez seja por confiar na enorme blindagem que seus caititus sustentavam para ele dentro da Assembleia, além da proteção de notórios caciques da política de Mato Grosso, como Dante de Oliveira, Antero Paes de Barros, Carlos Bezerra, Jayme e Júlio Campos, Silval Barbosa que sempre mantiveram com Riva relação de cumpadrio intenso, ainda que com rompimentos ocasionais, como se observa, atualmente, no caso do ex chefe da Casa Civil do governo de Dante de Oliveira, o ex-senador Antero Paes de Barros, arrastado pelas águas da política para sua atual convivência no grupo capitaneado pelo atual governador Pedro Taques e pelo prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes. Ao lado de Dante, porque Dante paparicava o Riva, Antero também paparicava o Riva. Hoje ao lado do Zé Pedro Taques que não cruza bem com o Riva, o Antero passou também a falar cobras e lagartas do Riva. Nossos caciques politicos são óbvios assim.

A ousadia de Riva, certamente, também foi incentivada e escorada pelo enorme apoio de mídia com que contou enquanto comandava os negócios da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Grupos como A Gazeta, Grupo Zahran, Grupo TV Cidade Verde, Olhar Direto, Midia News, RD News, etc, etc, sempre tiveram uma convivência muito fraterna com este fenômeno da política regional que é o deputado José Geraldo Riva que, manipulando poderosas verbas publicitárias, soube garantir que o noticiário regional não o expusesse da mesma forma que o “Fantástico” imagino que deva expô-lo em sua edição deste domingo (22).

No destaque, você confere a denúncia do Ministério Pública e o passo a passo da Operação Imperador que acabou levando Riva à prisão, mais uma vez, neste sábado chuvoso. Mas a pergunta que não é calar já se ouve nos botecos da Praça Popular e mesmo nos botecos da periferia: Riva ficará preso até quando? Será que na segunda ele já estará de volta à sua mansão, dizendo mais uma vez que é vítima de decisões judiciais com viés político?

LEIA A DENUCIA DO MP:


MP denuncia Riva por peculato e formação de quadrilha e pede a sua prisão


Visite a pagina do MCCE-MT