Mais uma denúncia contra esquema de corrupção que seria comandado por José Geraldo Riva (PSD) deve expor, novamente, Mato Grosso diante do Brasil. “Fantástico” se debruçará sobre o golpe das gráficas que envolveria tanto o governo de Silval Barbosa quanto a Assembleia de Riva e seus caitutus e teria movimentado mais de meio bilhão. Esquema só foi revelado graças à delação premiada de Makues Leite, articulada por Marcos Regenold, do Gaeco MT – promotor estranhamente questionado em sua atuação pelo MPF de Mato Grosso
Reportagem do “Fantástico” deve expor, mais uma vez, as tenebrosas
transações que teriam acontecido à sombra da Assembleia Legislativa de
Mato Grosso, composta por José Geraldo Riva e seu elenco de caititus
Da pagina do Enock Cavalcanti
A chamada do “Fantástico”, da Rede Globo, já está no ar. Anuncia que
seu “repórter sem rosto”, o jornalista Eduardo Faustini, mais uma vez
esteve por aqui, nesta terra de Deus e do Diabo, para repercutir o
escândalo das gráficas que sacudiu Mato Grosso, na virada do ano,
envolvendo servidores do Paiaguás, da Assembleia Legislativa de Mato
Grosso e empresas gráficas até então badaladíssimas, como no caso das
gráfica Print e Defanti que, como se vê, sumiram das colunas sociais.
Sim, a Rede Globo mandou seu repórter blindado, lá do Rio de Janeiro
para fazer a reportagem que a sua afiliada no Estado, a TV Centro
América, do grupo Zahran, não teve, até agora, condição de fazer: será
mais um escândalo envolvendo o ex-presidente da Assembleia Legislativa
de Mato Grosso, ex-deputado José Geraldo Riva (PSD), que irá ao ar e
todo mundo sabe das relações fraternas que sempre marcaram a Assembleia
de Riva e seus caititus e a nossa TV Centro América, com muitas de suas
grandes realizações – como a Corrida de Reis – patrocinadas pelas verbas
generosas que sempre jorravam para os jornais e TVs amigas e para os
jornalistas amestrados dos cofres controlados por Riva na Assembleia.
Como entender que um parlamento estadual que tem como atividade precípua
a produção de leis e a fiscalização do Poder Executivo, seja
transformado em patrocinador premium de eventos esportivos? Só mesmo no
Reino Encantado de Mato Grosso.
( Claro, a TV Centro América fez várias matérias sobre as denúncias
contra o Riva. Mas todos nós sabemos que ela não fez todas as matérias
que deveria e poderia ter feito. No mais, é comparar a realidade com o
que está lá gravado…Quem se habilita? Daria uma boa tese, um belo estudo
acadêmico. )
O “Fantástico” anuncia que vai mostrar um esquema que movimentou mais
de meio bilhão de reais por baixo dos panos.A denúncia atinge o
ex-presidente da Assembleia Legislativa, um homem que responde a mais de
cem processos na Justiça – anuncia a chamada que está no ar, sem
soletrar, no entanto, o nome de Riva. Mas em Mato Grosso, como diria o
vulgo, nas esquinas, todo mundo sabe de quem se trata. Talvez até os
cães vadios.
E anuncia mais a Rede Globo sobre aquela matéria que deveria ser
produzida aqui mesmo, em Cuiabá, se a sua afiliada local tivesse outra
linha editorial: “Vamos mostrar também que a assembleia e o governo
teriam pago R$ 140 milhões pela impressão de cartilhas que nunca foram
feitas”.
– As gráficas ficavam com 25% desse dinheiro e 75% retornava para o
presidente da Assembleia Legislativa”, revela uma testemunha, segundo o
“Fantástico”. Esse pode ser a grande revelação da reportagem do
Faustini. A identificação do dinheiro saindo e depois voltando para quem
o manipulava. A matéria estará no ar no domingo, para tirar o sono de
Riva e seus caititus e alguns donos de gráficas que faturaram alto em
período recente.
Claro que, quem vive em Mato Grosso, já sabe muita coisa sobre essa
história, alvo de muitas matérias na mídia local. No destaque, no final
deste texto, reproduzo alguns documentos ligados às investigações deste
caso.
Talvez a grande maioria não saiba que tudo que se conta sobre o
esquema das gráficas só possível de se contar porque houve uma delação
premiada do jornalista e empresário Maksuês Leite. Maksuês, que se
envolvera em esquema parecido, na Câmara de Cuiabá, com o então vereador
João Emanuel, genro de Riva e marido de Janaina Riva, para não ver a si
mesmo e à sua esposa presos, teria sido então levado a fazer o acordo
com o Ministério Público, através do Gaeco e do promotor Marcos
Regenold.
Regenold, que negociava a delação premiada de Eder Moraes, no
rumoroso caso investigado pela Operação Ararath, acabou chegando a
Maksuês justamente através do Éder que, aparentemente, sabe tudo sobre
os bastidores dos mais recentes malfeitos em Mato Grosso. Uma negociação
bem feita pelo promotor Regenold resultou na confissão de Maksuês que
fez revelações retumbantes sobre possíveis negociatas à sombra da Secom
do Governo do Estado e da Assembleia Legislativa, levando o Ministério
Público e a Policia às denúncias e prisões da Operação Edição Extra.
E pensar que uma procuradora do MPF de Mato Grosso favoreceu a
interpretação de que o promotor Marcos Regenold poderia ser também mais
um integrante dos esquemas de corrupção que atuam em Mato Grosso!
É essa a matéria de memória sobre a qual trabalhou o repórter Eduardo
Faustini, em sua passagem por Mato Grosso. Vamos ver se, no domingo, a
matéria vai rolar direitinho. Já houve episódio anterior em que Faustini
veio a Cuiabá, também para investigar o Riva, a reportagem que ele
faria não foi ao ar e ele virou até alvo de denuncia furiosa da Ong
Moral.
Sim, essa é uma vida cheia de histórias.
Fantástico chamada
Veja aqui:
VEJA QUE EDUARDO FAUSTINI TAMBÉM JÁ FOI DENUNCIADO EM MATO GROSSO:
Fonte Pagina do Enock
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