segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

TREM BOMBA: Taques garante conclusão do VLT, mas irá caçar Turma de Silval


Governo garante que acionará orgãos para Estado ser ressarcido





O Governo de Mato Grosso anunciou, nesta segunda-feira (09.02), uma série de medidas que está tomando para viabilizar as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em Cuiabá. O pacote de ações foi elaborado após a nova administração ter tomado conhecimento da situação crítica em que se encontra atualmente o processo de implantação do modal de transportes, como o esgotamento das verbas oriundas de financiamentos e empréstimos e a inexistência de projeto executivo e cronograma. 

Entre as principais medidas tomadas para mudar o atual cenário estão a realização de auditorias, por parte da Controladoria Geral do Estado, nos contratos relativos ao VLT com o objetivo de apurar irregularidades e encontrar os responsáveis e a exigência na Justiça, desta vez por parte da Procuradoria Geral do Estado, a garantia de manutenção de todo material entregue e ainda não recebido definitivamente. Além disso, a Secretaria de Estado de Cidades (Secid) está incumbida de buscar junto ao Consórcio VLT Cuiabá, responsável por tocar as obras, soluções compensatórias visando minimizar os impactos pela lentidão e atraso na execução dos trabalhos, bem como as relativas a previsões contratuais de reparos nos locais em que sejam necessários. 

O governo também encomendará um estudo para melhor guiar a operacionalização do VLT, especialmente no que diz respeito à tarifa que será cobrada dos usuários. Isso porque o relatório encomendado pela administração anterior, que respaldou a implantação do veículo, está sob suspeição, conforme apontam dados da Controladoria Geral da União. 

Segundo o secretário do Gabinete de Projetos Estratégicos, Gustavo de Oliveira, todos passos dados pelo Executivo estadual tem o intuito comum de viabilizar o modal dentro de parâmetros corretos e transparentes. “Continuar a obra do jeito que está não é possível. Nós precisamos viabilizar a conclusão de maneira aceitável desta obra e esta é a razão dessa audiência de hoje e de muitos dos trabalhos que vamos iniciar”, completou.

Fonte Folha Max


VEJA MAIS PARA RECORDAR

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

O escândalo do Ministério do Trabalho ainda nem esfriou e já surgiu outro, dessa vez na pasta das Cidades. É a fraude para impor o VLT em Cuiabá, R$ 700 milhões mais caro que o BRT. Que papel tiveram Riva, Éder e Silval nesta trama?!

 

 

Da pagina do Enock Cavalcanti

 

A fraude denunciada pelo Estadão começa a repercutir em todo Brasil, e também pelo mundo afora. A fraude deixa entrever que um poderosissimo lobby foi montado para viabilizar a troca de modal, que interessava a Riva e Éder que, depois de algumas articulações, conseguiram atrair o governador Silval para a defesa do mesmo projeto. Pior é imaginar que, enquanto a Saúde em Mato Grosso está um caos, a violência sem controle e a Educação sucateada,. nossos dirigentes políticos ficam desperdiçando R$ 700 milhões de reais em aventuras rocambolescas como essa. Com a grande imprensa seguindo esta pista, podemos ter novas revelações impactantes a qualquer momento. Todos nós sabemos que a "preguiça" da imprensa em Mato Grosso, quando se trata de Riva, Éder e Silval, costuma ser muito bem recompensada. Vejam a sistematização deste novo escândalo que o jornalista Josias de Souza fez em seu muito conceituado blogue:


Copa: ministério adultera documento e encarece obra




POR JOSIAS DE SOUZA

O escândalo do Ministério do Trabalho ainda nem esfriou e já surgiu outro, dessa vez na pasta das Cidades.

Envolve um projeto da Copa Mundo, em Cuiaba (MT), uma das cidades que sediará jogos de futebol da competição.

Deve-se a revelação da nova encrenca ao repórter Leandro Colon. Vai abaixo um resumo em 20 lances:

1. Chefiada pelo ministro Mário Negromonte (PP), a pasta das Cidades acertara com o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB), uma obra de infraestrutura.

2. Acertara-se a construção de uma linha rápida de ônibus (BRT) na capital matogrossense. Coisa de R$ 500 milhões. Parte da União, parte do Estado.

3. O projeto foi incluído no rol de obras destinadas a melhorar o sistema de mobilidade nos aglomerados urbanos incluídos no calendário da Copa.

4. Súbito, o governador Silval decidiu trocar a via expressa de ônibus por algo mais moderno: um Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).

5. Convocado a analisar a demanda, o analista técnico Higor Guerra produziu um parecer contrário. Tem 16 laudas. Datado de 8 de agosto, levou o número 123/2011.

6. Na peça, o técnico Higor, que representava o ministério nas reuniões realizadas em Cuiabá, apontou uma discrepância de custo.

7. O VLT custaria R$ 1,2 bilhão, R$ 700 milhões mais caro que o BRT. Higor mencionou também a exiguidade de prazo e a ausência de estudos comparativos.

8. O governador Silval não se deu por achado. Insistiu. Mexe daqui, remexe dali surgiu no processo que trata da parceria um novo documento.

9. A quantidade de páginas é a mesma: 16. O número é identico: 123/2011. Mas o conteúdo é diametralmente oposto.

10. No novo parecer, o Ministério das Cidades aceita a troca da linha de ônibus pelo veículo de trilhos. Com isso, a obra foi a R$ 1,2 bilhão.

11. No dia 6 de outubro, o técnico Higor foi procurado por Luiza Gomide Vianna, diretora de Mobilidade Urbana das Cidades.

12. Luiza pediu a Higor que assinasse o parecer que desdiz o documento anterior. O técnico refugou a ordem. Há duas semanas, pediu desligamento de suas funções.

13. Na última segunda-feira (21), Luiza, a diretora de Mobilidade, conduziu uma reunião a portas fechadas. O encontro foi gravado. O repórter ouviu o audio.

14. A certa altura, Luiza dirige-se aos assessores assim: "Nota técnica de ninguém aqui é como música, não tem direito autoral. Nosso trabalho é para o governo, a nota técnica de vocês é para o governo."

15. Noutro trecho, Luiza declara que Cássio Ramos Peixoto, chefe de gabinete do ministro Negromonte, foi quem pediu para "rever" a nota técnica contrária à troca de projetos. "A gente ficou numa situação sem saída", ela diz.

16. Nas palavras de Luiza, Cássio considerou que o técnico Higor produzira uma "análise dura". Ela mencionou um outro personagem: Guilherme Ramalho.

17. Guilherme é coordenador-geral de Infraestrutura da Copa do Ministério do Planejamento. Também ele achou “dura” a avaliação de Higor.

18. Ficou entendido na reunião que o governador Silval obtivera o aval do Palácio do Planalto para alterar o projeto. E Luiza: "Qualquer decisão tomada no governo, a gente faz parte dessa decisão."

19. Procurado pelo repórter, o Ministério das Cidades manifestou-se por meio de nota. No texto, diz que o processo seguiu o “rito” e que a “opinião divergente” foi “refutada tecnicamente no momento da conclusão da análise.” Absteve-se de explicar o porquê da troca sorrateira de pareceres que deu à normalidade uma aparência anormal.

20. Ouvido, o governador Silval declarou: “Temos que tentar implantar um transporte de massa que seja moderno e atenda ao futuro. O do BRT já nasce saturado. O VLT é um dos mais modernos do mundo.” Ele diz ter “100% de certeza” de que a coisa ficará pronta antes da Copa.


FONTE BLOG DO JOSIAS DE SOUZA - FOLHA.COM


Saiba mais

CGU reprovou obra de R$ 1,2 bihões do VLT de Cuiabá
Ministro Mário Negromonte aprovou a fraude



Operada de maneira fraudulenta no Ministério das Cidades, conforme revelou o Estado na quinta-feira, 24, a mudança do projeto de mobilidade urbana de Mato Grosso para implantar o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) foi reprovada pela Controladoria-Geral da União em relatório datado de 8 de setembro deste ano, mesmo dia em que a pasta produziu uma nota técnica forjada para respaldar a proposta. A CGU alerta que o VLT não deve ficar pronto até a Copa do Mundo de 2014 e que o governo de Mato Grosso omitiu informações sobre os gastos com a obra do VLT, orçada em pelo menos R$ 1,2 bilhão, R$ 700 milhões a mais do que a proposta original, um linha rápida de ônibus (BRT). A controladoria avalia ainda que a troca do BRT pelo VLT é "intempestiva".

A análise da CGU tem pontos coincidentes com a primeira nota técnica do ministério que era contrária ao VLT, mas que foi adulterada pela equipe do ministro, Mário Negromonte, para favorecer o projeto de interesse do governador de Mato Grosso, Sinval Barbosa (PMDB), em Cuiabá.

Um estudo incluído no relatório da CGU mostra também que o VLT de Cuiabá pode ser um dos mais caros do mundo, superando obras iguais na França e nos Estados Unidos.

A análise da CGU - relatório de número 2344 - foi feita a pedido do Ministério das Cidades e consta do processo da pasta que culminou na mudança do projeto de Cuiabá, cidade-sede da Copa, por meio de um documento forjado pelo chefe de gabinete de Negromonte, Cássio Peixoto, e pela diretora de Mobilidade Urbana da pasta, Luiza Vianna. Ou seja, o ministério deu aval a uma obra na qual o órgão de controle do governo federal apontou sérios problemas de avaliação, planejamento, preço e execução.

O parecer da CGU foi enviado ao secretário nacional de Transporte e Mobilidade Urbana, Luiz Carlos Bueno de Lima, pela diretoria de auditoria de Infraestrutura do órgão de controle.

No texto, a controladoria afirma: "Quanto ao cronograma previsto para implantação e início de operação do VLT, esta controladoria o considera por demais otimista, haja vista que algumas fases que podem ter grande impacto nos prazos de implantação não foram devidamente consideradas. Dessa forma (...), constata-se que o cronograma já se encontraria inviabilizado com vistas ao evento da Copa".

A CGU ressalta que a proposta original do BRT é mais "madura" porque já havia sido aprovada pelo governo federal, além de os contratos de financiamento com a Caixa Econômica Federal terem sido assinados.


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