segunda-feira, 21 de setembro de 2015

PAREM O VLT QUE EU VOU DESCER


Passados quase cinco anos, e gastos mais de um bilhão, o trem está parado, e para dar sequência às obras seriam necessários mais 500 milhões de reais (ou mais?). O "papagaio" feito para alongar a dívida pública e permitir o empréstimo do VLT já começou a vencer, e - contrato celebrado em dólar - a prestação ficou 25 milhões de reais mais cara em seis meses. 




PAREM O VLT QUE EU VOU DESCER


Por Antonio Cavalcante Filho e Vilson Nery*




A pior e mais desastrada aventura de nossos "gestores" mato-grossenses foi a contratação do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), brinquedinho orçado em um bilhão e meio de reais. Aliás os números se conflitam: o custo era de 1 bilhão, subiu para 1,5 e está em 1,8 bilhão, e dizem que chega facilmente a 2 bilhões de reais.


Nada justifica o Estado ter aberto mão de um financiamento da Caixa Econômica Federal de R$ 451 milhões para a construção de três corredores de ônibus (ou BRT, Bus Rapid Transit) e optado pela aventura do "trem fantasma".


A mudança se deu após uma comitiva de políticos fazer uma vista feita à Espanha e Portugal, em 2011. Os "gestores" em questão eram o ex governador Silval, o deputado Guilherme Maluf (atual comandante do Parlamento), e os ex deputados José Riva e Sergio Ricardo, o último encastelado no Tribunal de Contas do Estado, além de Eder Moraes Dias, que cruza todos os dias com Riva, no fórum, participando de audiências judiciais.


Nossos políticos foram vencidos por uma certa "lábia" dos europeus, e a conta a ser paga por todos nós foi multiplicada por três!


Passados quase cinco anos, e gastos mais de um bilhão, o trem está parado, e para dar sequência às obras seriam necessários mais 500 milhões de reais (ou mais?). O "papagaio" feito para alongar a dívida pública e permitir o empréstimo do VLT já começou a vencer, e - contrato celebrado em dólar - a prestação ficou 25 milhões de reais mais cara em seis meses.


Parem o trem!


Mantenham apenas o trecho entre o Aeroporto e o bairro Porto em Cuiabá, forçando a prefeitura a concluir a "obra inacabável" da revitalização do tradicional bairro cuiabano, sendo o VLT apenas um "transporte turístico" de seis ou sete quilômetros de extensão.


Justiça seja feita. O tal VLT ficou tão caro porque o projeto engloba o trem, trilhos, viadutos e desapropriações de residências e áreas comerciais. Ocorre que as desapropriações não foram concluídas, comércios fecharam, residências foram desocupadas e imóveis estão vazios.


Suspendam as desapropriações e mitiguem o sofrimento de família, que se viram sem suas casas ou fundos de comércio "da noite para o dia". Isso vai representar enorme economia para os cofres públicos.


O corredor central da avenida da FEB pode ser mantido para VLT diminuído, e - retirados os blocos de concreto - a avenida volta a suportar o trânsito, o comércio retoma sua normalidade pré-VLT.


Quanto à avenida do CPA, o canteiro central a partir da XV de Novembro pode se transformar em uma bela e proveitosa ciclovia, que se estende por quase toda extensão que compreende a avenida da Prainha e o Comando Geral da PM.


É uma forma da prefeitura de Cuiabá "funcionar", restaurando a fluidez do trânsito e criando as ciclovias no antigo e desplanejado "corredor do VLT" (que desejamos esquecer).


Ainda que possa parecer simplista, essa sugestão é a que mais se harmoniza com o interesse da "vítima", o contribuinte mato-grossense, que pagará o empréstimo por umas três gerações, evita o gasto de novos 500 milhões de reais (projeção para concluir o VLT) e ganha uma ciclovia, nos moldes da cidade de São Paulo.



*Antonio Cavalcante Filho e Vilson Nery são ativistas do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE)

OS VEREADORES DE CUIABÁ SÃO OS MAIS CAROS DO BRASIL. ELES CUSTAM R$ 67 MIL REAIS AO MÊS.

NENHUM VEREADOR PODE RECEBER SALÁRIO MAIOR QUE OS PROFESSORES DA REDE MUNICIPAL DE CUIABÁ

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