Polícia Federal está na porta da residência oficial da Câmara dos Deputados, com três carros isolando a área, para cumprir um mandado de busca e apreensão contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB); a ação, batizada de Catilinária, foi pedida pela Procuradoria-Geral da República e teve aval do ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki; Cunha é acusado de envolvimento na Lava Jato e tem contra ele um processo de cassação na Comissão de Ética sobre suas contas não declaradas na Suíça; também estão sendo cumpridos mandados em sua residência no Rio; senador Édison Lobão é também alvo da operação; como presidente da Câmara, Cunha se aliou ao PSDB e ao DEM para tentar derrubar a presidente Dilma Rousseff, por meio de um golpe parlamentar
247 - A Polícia
Federal está na porta da residência oficial da Câmara dos Deputados, com
três carros isolando a área, para cumprir um mandado de busca e
apreensão contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB).
A ação, batizada de Catilinária, foi
pedida pela Procuradoria-Geral da República e teve aval do ministro do
Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki.
Cunha é acusado de receber US$ 5
milhões em propina de contratos de navios-sondas e também de um negócio
fechado pela Petrobras na África que teriam abastecido contas no
exterior mantidas pelo peemedebista e familiares na Suíça.
Como presidente da Câmara, Cunha se
aliou ao PSDB e ao DEM para tentar derrubar as presidente Dilma
Rousseff, por meio de um golpe parlamentar.
Também são alvos da operação o senador Edison Lobão (PMDB-MA) e o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE).
Estão sendo cumpridos mandados também na residência de Cunha, no Rio de Janeiro, e em diretórios de partidos políticos.
Fonte Brasil 247
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Nesta nova etapa, PF cumpre 53 mandados de busca e apreensão em residências, escritórios e empresas do Presidência da Câmara, Eduardo Cunha, de outros ministros e deputados
Batizada Catilinárias, a nova fase da operação Lava-Jato — que desde a manhã desta terça-feira realiza buscas em residências do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e de outros políticos peemedebistas —, faz referência a uma série de quatro célebres discursos do cônsul romano Cícero (106 a.C./43 a.C.).
Os textos de Cícero referem-se a Lúcio Catilina, um militar e senador da Roma Antiga, que teria comandado uma revolução para dissolver o Senado e tomar o poder em Roma em 63 a.C.. Ao se inteirar dos planos de seu adversário, Cícero convocou uma reunião do Senado e proferiu o primeiro dos quatro discursos.
A intervenção de Cícero se tornou um clássico da política e passou a ser invocada ao longo dos últimos 2 mil anos sempre que um homem público atenta contra o interesse geral da população. Uma das frases mais conhecidas das Catilinárias (em latim, In Catilinam Orationes Quattuor) é a seguinte: "até quando, Catilina, abusarás da nossa paciência?".
Após o quarto discurso de Cícero e já condenado à morte, Catilina seguiu recusando entregar-se e, em janeiro de 62 a.C., foi morto em um campo de batalha.
Veja abaixo um dos trechos mais famosos do discurso:
Até quando, Catilina, abusarás
da nossa paciência?
Por quanto tempo a tua loucura há de zombar de nós?
A que extremos se há de precipitar a tua desenfreada audácia?
Nem a guarda do Palatino,
nem a ronda noturna da cidade,
nem o temor do povo,
nem a afluência de todos os homens de bem,
nem este local tão bem protegido para a reunião do Senado,
nem a expressão do voto destas pessoas, nada disto conseguiu perturbar-te?
Não te dás conta que os teus planos foram descobertos?
Não vês que a tua conspiração a têm já dominada todos estes que a conhecem?
Quem, dentre nós, pensas tu que ignora o que fizeste na noite passada e na precedente, onde estiveste, com quem te encontraste, que decisão tomaste?
Oh tempos, oh costumes!
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