O governador do Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), é acusado de receber
R$ 2,5 milhões fora das contas oficiais, em caixa dois, para a campanha
que o levou ao cargo em 2014; afirmação faz parte da proposta de acordo
de delação premiada de Pedro Nadaf, chefe da Casa Civil de Silval
Barbosa (PMDB), ex-governador do Estado
Brasil 247
Mato Grosso 247 - O governador do Mato Grosso, Pedro
Taques (PSDB), é acusado de receber R$ 2,5 milhões fora das contas
oficiais, em caixa dois, para a campanha que o levou ao cargo em 2014. A
afirmação faz parte da proposta de acordo de delação premiada de Pedro
Nadaf, chefe da Casa Civil de Silval Barbosa (PMDB), ex-governador do
Estado.
As informações são da coluna de Lauro Jardim em O Globo.
"A negociação está avançada e a colaboração deverá ser assinada com a Procuradoria-Geral da República até o fim do mês.
Nela, Nadaf conta que um operador que servia ao PMDB e a Nadaf também atuou em 2014 para o então pedetista Taques.
Pedro Taques negou que tenha tido caixa dois e disse que a acusação, vinda de um opositor, tenta prejudicá-lo politicamente."
Saiba mais
Aécio se diz inocente, prega anistia ao caixa 2 e sugere prisão de Lula
Brasil 247
Um dos políticos mais delatados na Lava Jato, o senador Aécio Neves
(PSDB-MG) concedeu uma longa entrevista em que defendeu a
"criminalização do caixa dois" daqui para a frente – a senha para
anistiar quem cometeu o crime no passado; ele também negou ter recebido
propinas nas obras da Cidade Administrativa como já foi dito por
delatores e, ao mirar nos adversários, disse que a sociedade não deveria
se preocupar com uma eventual prisão do ex-presidente Lula; "quero
justiça", diz ele; Aécio já foi acusado de comandar um mensalão em
Furnas, de ser "o mais chato" cobrador de propinas de empreiteiras, de
superfaturar obras em Minas em troca de doações e de manipular uma CPI
para abafar ligações com o Banco Rural, na época do chamado mensalão
Minas 247 – Mesmo sendo um dos políticos mais citados por delatores da Lava Jato (saiba mais aqui),
o senador Aécio Neves (PSDB-MG) se sentiu à vontade para falar sobre a
operação, numa entrevista ao jornalista Pedro Venceslau (leia aqui),
em que defendeu a anistia ao caixa dois pretérito, se disse inocente
das acusações que sofre e sugeriu, nas entrelinhas, a prisão do
ex-presidente Lula.
"Em relação especificamente ao caixa
2, eu defendo a criminalização. O equívoco lá atrás foi tentarem
aprovar algo sem uma discussão mais ampla. Os casos passados vão acabar
sendo diluídos pelos tribunais", disse ele.
Como criminalizar para frente significa anistiar o passado, Aécio foi questionado pelo jornalista e saiu pela tangente. "Isso não chegou ainda na Câmara. Só quando conhecermos o texto é que veremos se houve excessos."
Sobre o fato de ter sido delatado pelo ex-senador Delcídio Amaral, Aécio questionou o teor das acusações. "As
citações feitas pelo senador Delcídio estão sendo investigadas e, estou
certo, serão arquivadas por serem absurdas e sem o mínimo indício que
possa comprová-las", disse o presidente nacional do PSDB.
Ele também negou que o empresário
Oswaldo Borges, seu tesoureiro informal, acusado por empresários, como
Léo Pinheiro, da OAS, de cobrar propina de 3% nas obras da Cidade
Administrativa de Belo Horizonte, tenha cometido ilícitos."O
sr. Oswaldo Borges é um conhecido empresário mineiro que atuou
formalmente na captação de recursos de várias campanhas do PSDB,
inclusive na última campanha presidencial, o que é de conhecimento
público e, como afirmou o próprio ex-presidente da Andrade, a relação se
deu de forma absolutamente legal e sem qualquer contrapartida, como ele
próprio disse", afirmou Aécio, sem comentar as acusações da OAS.
Sobre prisões de políticos, ele fez
um reparo ao que ocorreu com seu amigo Sergio Cabral, ex-governador do
Rio de Janeiro, que o apoiou em 2014, mas sugeriu nas entrelinhas a
prisão do ex-presidente Lula.
"Não conheço o caso. Mas temos de
ter cuidado para que a prisão não seja a primeira etapa de um processo",
afirmou, ao se referir a Cabral.
Sobre Lula, o posicionamento foi distinto. "Não
torço pela prisão do Lula, mas para que a Justiça seja feita. A prisão
dele não me traria alegria, mas eu não preocuparia com as
consequências."
Aécio também defendeu a volta do
financiamento privado de campanhas, raiz de todos os escândalos de
corrupção recentes, e disse que, do jeito que está, não dá pra
continuar.
Sobre o processo no TSE, aberto pelo
PSDB, para pedir a cassação da chapa Dilma-Temer, ele deu a entender
que defende a separação dos casos, para que Temer continue no poder até
2018. "Eu, pessoalmente, penso que a responsabilidade do presidente Temer não é a mesma da Dilma", disse.
Relembre, abaixo, o que alguns delatores disseram sobre Aécio.
Na primeira, o doleiro Alberto
Youssef aponta Aécio como o mentor intelectual de um mensalão em Furnas,
que distribuía mesadas de US$ 100 mil a parlamentares – entre eles, o
finado José Janene, que foi sócio de Youssef. Asssista aqui:
Na segunda delação, o lobista Fernando Moura afirma que um terço da propina em Furnas era destinada ao líder da oposição:
Na terceira, o entregador de propinas "Ceará" diz que Aécio era "o mais chato" cobrador das entregas de recursos da empreiteira UTC:
Fonte Brasil 247
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