A defesa de Lula foi pega de surpresa. Na tarde de hoje, o advogado Cristiano Zanin concedeu uma entrevista coletiva afirmando que não trabalhava com a hipótese de prisão a curto prazo.
O juiz Sergio Moro
decretou a prisão do ex-presidente Lula no caso triplex, na tarde desta
quinta (5). Segundo o magistrado, o petista, "em atenção à dignidade
cargo que ocupou", terá a "de apresentar-se voluntariamente à Polícia
Federal em Curitiba até as 17:00 do dia 06/04/2018, quando deverá ser
cumprido o mandado."
Moro escreveu no despacho que o uso de algemas está proibido e que o
ex-presidente será recebido em uma sala especial. "(...) em razão da
dignidade do cargo ocupado, foi previamente preparada uma sala
reservada, espécie de Sala de Estado Maior, na própria Superintêndencia
da Polícia Federal, para o início do cumprimento da pena, e na qual o
ex-Presidente ficará separado dos demais presos, sem qualquer risco para
a integridade moral ou física."
O juiz justificou a decisão afirmando que não cabem mais recursos de
Lula e outros réus da Lava Jato ao Tribunal Regional Federal da 4ª
Região que sejam capazes de alterar a condenação. O ex-presidente teve
embargos rejeitados no dia 26 de março. Afirmou estar cumprindo
determinação do TRF4
"Não cabem mais recursos com efeitos suspensivos junto ao Egrégio
Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Não houve divergência a ensejar
infringentes. Hipotéticos embargos de declaração de embargos de
declaração constituem apenas uma patologia protelatória e que deveria
ser eliminada do mundo jurídico. De qualquer modo, embargos de
declaração não alteram julgados, com o que as condenações não são
passíveis de alteração na segunda instância."
A decisão de Moro foi tomada menos de 24 horas após o Supremo
Tribunal Federal negar o habeas corpus preventivo e cassar a liminar que
impedia a execução de pena. O juiz foi comunicado pelo TRF-4 que a
ordem de prisão estava apta a ser emitida, também nesta quinta (5).
A defesa de Lula foi pega de surpresa. Na tarde de hoje, o advogado
Cristiano Zanin concedeu uma entrevista coletiva afirmando que não
trabalhava com a hipótese de prisão a curto prazo.
Leia a decisão de Moro aqui.
Fonte GGN