O golpe apoiado pela grande mídia foi um tiro no próprio pé dos lesa-pátria inimigos da democracia. Tanto é que, quanto mais eles batem no Lula, mais desabam no fosso do descrédito. Se por um lado eles caem, por outro, o ex-presidente cresce.
Lá em casa, há tempos que não assistimos TVs, rádios ou lemos qualquer uma das produções manipuladoras desses órgãos de desinformação. Porém, o potencial dessa gente de prejudicar o Brasil e fazer maldades contra o nosso povo continua enorme!
Por Antonio Cavalcante Filho
Com a proximidade das eleições, e tendo em vista a importância que possui a comunicação no convencimento das pessoas, o tema das notícias falsas, ou “fake news”, cria tipicamente do pós-verdade (ou mentira qualificada), se torna central no debate. Nas escolas e nas ruas, o assunto já desperta grande interesse, mas ainda impera infelizmente a enganação, a mentira, a fraude, a inautenticidade e a perfídia.
Com a proximidade das eleições, e tendo em vista a importância que possui a comunicação no convencimento das pessoas, o tema das notícias falsas, ou “fake news”, cria tipicamente do pós-verdade (ou mentira qualificada), se torna central no debate. Nas escolas e nas ruas, o assunto já desperta grande interesse, mas ainda impera infelizmente a enganação, a mentira, a fraude, a inautenticidade e a perfídia.
A maior produtora propagadora de fake news, as “Organizações
Globogolpe” de televisão, rádios, jornais, sites e revistas estão
posando de “fiscais das notícias falsas”. O fato seria risível se fosse
um esquete no programa eleitoral televisivo do deputado Tiririca, aquele
que disse que não seria mais candidato (mas continua sendo), que a
Câmara é uma fábrica de loucos e que não sabia o que faz um deputado
federal (mas votou com os golpistas), que a política não pode ficar pior
etc (mas votou a favor da PEC que congela investimentos em saúde e
educação por 20 anos e a favor da entrega do pré-sal às multinacionais).
Acredite quem quiser, a maior empresa golpista do país diz que montou
uma força tarefa, composta por alguns de seus mais fiéis empregados,
com vistas a identificar, denunciar e combater as fake news. Mas isso é
mentira ou mais uma encenação de entretimento e enganação como aquelas
novelinhas das sete.
Quem não lembra como eram os noticiários da Rede Globo e
seus satélites em 2014, exatamente no momento em que se discutiam as
eleições gerais para presidente, governadores e parlamentos?
Naquele ano, a gasolina custava R$ 2,60 o litro, contra os atuais R$
4,60, mas os noticiários com as fake news mostravam pessoas reclamando
do preço dos combustíveis, e como isso impactava na economia das
famílias brasileiras.
Na época, o regime de terror era tão grande que até o preço do gás de
cozinha, que custava uns R$ 35,00 (diferente dos atuais R$ 100 reais),
era motivo para destratar o governo Dilma, que buscava a reeleição.
As organizações “Globogolpe”, e outras corporações midiáticas do tipo
Folha de São Paulo, Estadão, Revistas IstoÉ e Veja, as concessões de
televisão dos irmãos Saad e do Sílvio Santos, se enquadram também na
categoria de grandes produtoras e propagadoras de fake news.
Após quase quatro anos, depois dos golpistas causarem enorme estrago
no Brasil e na vida dos brasileiros, finalmente o assunto da veracidade
das informações começa a despertar a atenção das pessoas.
Outro dia, eu tive a comprovação de como as fake news produzidas
pelas grandes corporações de mídia se propagam com tanta facilidade, e
constatei como essa gente “faz a cabeça” das pessoas nos mais distantes
rincões e nas mais diferentes situações.
Pego aqui um singelo exemplo da Copa do Mundo, que há muito custo
resolvi assistir a uma só partida. Ao final daquele jogo, comecei a
acessar alguns sites noticiosos de Mato Grosso, como o faço
constantemente, e me chamam a atenção as notícias sobre a partida que eu
acabara de assistir.
Percebi que vários dos portais locais reproduziam “ipsis litteris”,
um único texto informativo produzido por uma dessas agências noticiosas
ligadas a um jornalão de São Paulo. E olha que qualquer um dos
repórteres dos sites poderia escrever algo sobre um jogo que a maioria
da população assistiu pela televisão (os jornalistas inclusive), e assim
revelarem a independência e autonomia na produção da informação,
demonstrando a diversidade e pluralidade de opiniões.
Isso revela um outro aspecto que me intriga: diante de múltiplas
fontes de informações, facilidades tecnológicas para investigar fatos e
produzir notícias de qualidade, por que os nossos portais regionais
continuam reproduzindo conteúdo dos grandes produtores de fake news?
Na última semana, o Facebook resolveu fazer um limpa e escolheu
algumas “palavras-chaves” para identificar quem produzia e distribuía as
fake news pela concorrida rede social. Concluiu que diversos perfis
falsos e portais igualmente malandros reproduziam textos de ódio,
discriminação e calúnia contra pessoas e ideias, e o “cérebro” disso
tudo seria um grupo de militontos nazi-mirins que se auto intitula MBL,
um conjunto de playboys da extrema-direita que possui uma caríssima e
moderna estrutura destinada a produção, propagação e disseminação das
fake news.
Essa rede delinquente foi amplamente utilizada desde o ano de 2014, e
conseguiu manipular a opinião de parcela importante da sociedade
brasileira, convencida a aceitar o “golpitimam”, e a receber, com
naturalidade, a entrega do patrimônio brasileiro para os piratas
estrangeiros, e legitimar uns bandoleiros que, com o golpe
midiático/parlamentar/ judicial/empresarial, assumiram a gestão do país.
Mas o MBL, com suas inúmeras redes e perfis de contas falsas, criadas
para espalhar desinformação e mentiras, é fichinha perto do volume de
fake news que a “Rede Golpe” e outras corporações de mídia produzem.
Sorte que a população desperta do torpor, já não acredita cegamente
nelas, tanto é que os índices de audiência dessas fábricas de
manipulação vêm caindo dia a dia.
O Instituto Paraná Pesquisas acaba de revelar que a internet, com
seus portais, sites e mídias sociais, é a principal fonte de informação
política da maioria da população, e não mais as TVs, os jornalões ou as
revistas tradicionais. Foram tantos os cidadãos que deixaram de ler a
Revista Veja (um panfletão do PSDB) que a empresa pediu recuperação
judicial, porta de entrada da falência.
O golpe apoiado pela grande mídia foi um tiro no próprio pé dos
lesa-pátria inimigos da democracia. Tanto é que, quanto mais eles batem
no Lula, mais desabam no fosso do descrédito. Se por um lado eles caem,
por outro, o ex-presidente cresce.
Lá em casa, há tempos que não assistimos TVs, rádios ou lemos
qualquer uma das produções manipuladoras desses órgãos de desinformação.
Porém, o potencial dessa gente de prejudicar o Brasil e fazer maldades
contra o nosso povo continua enorme!
Neste ano eleitoral, portanto, fiquemos atentos e vigilantes, prontos
para reagirmos cirurgicamente no momento preciso, em defesa dos
interesses maiores do Brasil e do nosso povo. Um desses momentos é
agora, não votando em partidos mancomunados com o golpe e em nenhum de
seus representantes.
Antonio Cavalcante Filho, o Ceará, é sindicalista e
escreve neste espaço às sextas-feiras - E-mail:
antoniocavalcantefilho@outlook.com
Fonte RD News