Não deixo de repetir que o “golpítiman” foi uma farsa, orquestrada pela elite do poder econômico nacional e internacional. Porém, foi alimentada na ambição de poder, inveja, vaidade, carência de espírito público e, principalmente, falta de compromisso de Aécio Neves com a Nação, que o golpe germinou, floresceu e produziu seus frutos amargos e podres.
Por Antonio Cavalcante Filho
Uma frase conceitualmente atribuída a Martin Luther King, o mártir na
luta pelos direitos civis da população negra, traz a reflexão de que
“para criar inimigos não é necessário declarar guerra, basta dizer o que
pensa”. Creio que isso se aplica ao Brasil e à realidade pós-golpe de
2016.
Independentemente de gostarem ou não, não deixo de repetir que o
“golpítiman” foi uma farsa, orquestrada pela elite do poder econômico
nacional e internacional. Porém, foi alimentada na ambição de poder,
inveja, vaidade, carência de espírito público e, principalmente, falta
de compromisso de Aécio Neves com a Nação, que o golpe germinou,
floresceu e produziu seus frutos amargos e podres.
Após sua derrota para Dilma em 2014, com a providencial
ajuda da mídia corporativa burguesa, setores da Polícia Federal, do
Ministério Público, do Judiciário e do ministro do TCU Augusto Nardes,
Aécio, Temer e o representante do Capiroto, travestido de ovelha,
Eduardo Cunha, formaram o “Pacto triangular da maldade”.
Os três, liderando um congresso com 224 deputados e senadores que
respondem a 542 inquéritos e ações penais no STF, dispostos a tudo para
implantarem um programa de governo lesa-pátria e antipovo, derrotado na
última eleição presidencial e, ao mesmo tempo, sepultarem as
investigações e processos que respondem, deram o golpe como queria
Romero Jucá, “com o Supremo, com tudo! ”
Hoje, todos eles estão sendo vitimados pela profecia de Dilma
Roussef, que disse, altiva e na resistência ao golpe, que não sobraria
pedra sob pedra. Dito e feito! Cunha está em cana, Aécio Neves, temendo
sua derrota para a Dilma pela segunda vez, baixou a bola, se conformando
em concorrer à câmara federal. Aécio, que “escondidinho” pede votos em
Minas Gerais, é investigado em nove processos no Supremo Tribunal
Federal. (Raquel Dodge não impugnou seu registro de candidatura), Temer,
avaliado como o pior presidente da história, já tem pelo menos quatro
processos para responder. O senador Romero Jucá é alvo de 13 inquéritos
no STF. E o ministro Nardes é processado pelo lento tribunal (quando não
interessa punir o réu, o STF caminha a passos de anta gorda).
Desde 2013, venho desenhado esse quadro tenebroso do desmonte e
entrega do Brasil e da criminalização da política, justamente para
beneficiar os grandes bandidos e inimigos da nação.
Ao longo desses anos, minhas escritas e falas foram contestadas,
ridicularizadas e rotuladas por meia dúzia de midiotas e nazi-doidos, de
carteirinha, que me patrulham nas redes sociais. Nem por isso reformei
minhas opiniões. Infelizmente, para minha tristeza, a história está
mostrando que eu estava certo. O país foi entregue à rapinagem interna e
externa. Neste curto período, foram destruídas a sua indústria naval,
petrolífera e a de construção. Ainda bem que o gigante (povo brasileiro)
está acordando!
Em Mato Grosso, enquanto a grampolândia corria solta, o “combate à
corrupção” era vulgarizado com a criação de uma tal “secretaria
especial”, que se fazendo de cega, testemunhava a rapinagem na
Secretaria de Educação (conforme denúncia recebida no STF), lá na
Ditadura de Curitiba, as ações midiáticas sem conteúdo de “juristas”,
como Sergio Moro e Dalagnol, já “enchem” o saco da população.
A ditadura “judicial curitibana”, provocou um dano de 160 bilhões de
reais à Petrobrás. Ela é responsável pelos 27 milhões de desempregados e
a piora na vida de 60 milhões de brasileiros que estão negativados no
Serasa. Salva de palmas para Sergio Moro, Dalagnol, Rede Globo e seus
midiotas coxinhas que foram às ruas seguindo as pisadas do pato amarelo
da FIESP.
O golpe arrastou 23,3 milhões de brasileiros à miséria. É por isso
que o eleitor de 2018 quer Lula presidente de novo, pois o que a maioria
dos cidadãos deseja é mais democracia, emprego, moradia, transporte
coletivo, segurança, escola, posto de saúde, distribuição de renda,
reforma agrária e a defesa dos interesses nacionais. Enfim, os
trabalhadores do campo ou da cidade querem viver com dignidade. No
fundo, o que todos desejam é ser feliz.
Essa é a constatação das pesquisas, modestamente apontadas por mim, e
que se alicerçam nos fatos reais. Vou mais longe: quero recomendar
postura crítica à massa eleitoral que se ativa em 2018. Fuja dos
partidos que apoiaram o “golpítiman” e defenda a Democracia como a única
saída do abismo.
Ao receber um panfleto, consulte as propostas dos candidatos, procure
saber o que o partido que ele integra fez e agiu em relação à defesa
dos temas que interessam aos trabalhadores. Por acaso ele votou para que
a educação tivesse mais recursos, para melhorar o ensino e remunerar
melhor os seus profissionais? O candidato e seu partido propõem emendas
com a oferta de recursos ao Sistema Único de Saúde?
Antes de votar, procure saber se o partido político do candidato foi a
favor ou contra o golpe, se foi contra ou não o congelamento de
recursos para investimentos sociais, como o candidato votou o perdão de
dívidas de bancos como o Itaú, a operadora de telefonia Oi, ou o do
milionário Neymar Junior, aquele que possui um jatinho particular na
garagem?
Portanto, são reflexões necessárias como essas que devemos fazer
antes de votar. Os partidos ou seus candidatos que ignoraram a vontade
do povo não merecem o meu voto.
Vida longa à Democracia! Xô, golpistas!
Antonio Cavalcante Filho, o Ceará, é sindicalista e
escreve neste espaço às sextas-feiras - E-mail:
antoniocavalcantefilho@outlook.com
Fonte RD News
SE EM 2016 VOCÊS ROUBARAM OS NOSSOS VOTOS, COMO QUEREM AGORA ME PEDIR PARA VOTAR EM VOCÊS?
NENHUMA PRISÃO TORNA CULPADO UM HOMEM QUE É INOCENTE!
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