Parlamentares pedem apoio popular para conter invasores. Há relatos de luta corporal. Trata-se de um incidente diplomático internacional, desrespeitando o Tratado de Viena, e deve ser denunciado à ONU. A invasão da Embaixada da Venezuela no Brasil repete o que ocorreu no
dia 10 de novembro na Bolívia, quando o território venezuelano também
foi invadido.
São Paulo – A Embaixada da Venezuela no Brasil foi invadida na manhã
desta quarta-feira (13) por apoiadores de Juan Guaidó, o autoproclamado
presidente do país. O encarregado de negócios da Venezuela, , Freddy
Meregote, divulgou áudio em que pede ajuda dos movimentos sociais e dos
partidos políticos. “”Companheiros, informo que pessoas estranhas às
nossas instalações estão violentando o território venezuelano.
Necessitamos ajuda e uma ativação imediata de todos os movimentos
sociais e partidos políticos”o”, disse.
Pelas redes sociais, parlamentares de partidos de esquerda se
dirigiram ao local, solicitando a presença de todos que pudessem conter
a invasão.
Em outro áudio distribuído pelo Whatsapp, Ana Prestes, colaboradora
da revista Fórum e que estava na embaixada, afirmou que a invasão foi
seguida de violência. “Tá tendo luta corporal lá dentro”.
Segundo relatos, ao menos 30 invasores participaram da ação, que
ocorre durante a reunião do BRICs em Brasília. Por conta do evento
vários acessos da cidade estão fechados, o que dificulta a chegada de
outros funcionários e militantes à embaixada.
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) conseguiu entrar. “A embaixada foi
sitiada por um grupo de brasileiros e de venezuelanos, houve confronto
violento. Eles tentaram tomar à força esse espaço. A impressão é que
parte deles é de lutadores de academia contratados. É uma clara violação
do direito internacional. Há indícios de participação do governo
brasileiro na facilitação da invasão da embaixada da Venezuela.”
O golpista Juan Guaidó é reconhecido pelo governo brasileiro como
presidente da Venezuela após ele se autoproclamar e tentar um golpe no
país vizinho. Segundo reportagem do Valor, um grupo de funcionários da
embaixada da Venezuela em Brasília “desertou” do governo Nicolás Maduro e
permitiu, pela primeira vez, a entrada de Tomás Alejandro Silva,
ministro-conselheiro da embaixada nomeado por Guaidó.
Silva teve o acesso liberado de forma inédita. Outros funcionários
leais a Maduro, como o atual adido militar, Manuel António Barroso, se
dirigiram imediatamente então à embaixada. Relatos afirmam que o
controle do local foi recuperado por volta das 8h30, mas clima seguia
tenso.
Tomás Alejandro Silva é apoiador de Maria Teresa Belandria, indicada
por Guaidó a assumir a embaixada brasileira como representante do
governo golpista. Desde que Jair Bolsonaro recebeu a indicação de
Belandria, sua equipe tenta entrar na embaixada, sendo sempre impedida
por funcionários venezuelanos nomeados pelo presidente Nicolás Maduro.
Pelo Twitter, a deputada federal Erika Kokay alertou para o ato
fascista: “Embaixada da Venezuela é invadida em Brasília em ato
criminoso que fere a soberania e a democracia. Exigimos investigações e
responsabilização dos culpados!”
Trata-se de um incidente diplomático internacional, desrespeitando o Tratado de Viena, e deve ser denunciado à ONU.
A invasão da Embaixada da Venezuela no Brasil repete o que ocorreu no
dia 10 de novembro na Bolívia, quando o território venezuelano também
foi invadido.
Em breve mais informações
Fonte Rede Brasil Atual
Saiba mais:
Invasores da embaixada são milicianos fardados que podem estar armados, diz Paulo Pimenta
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta, informa que os
invasores da embaixada venezuelana em Brasília são milicianos fardados,
brasileiros e venezuelanos. Vários carros foram usados na invasão na
madrugada desta quarta-feira. Pimenta está dentro do terreno da
embaixada desde o início da manhã, convocado pelos diplomatas da
Venezuela
Brasil 247
O líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo
Pimenta (RS), informou que os invasores da embaixada da Venezuela em
Brasília são milicianos fardados, tanto brasileiros como venezuelanos.
Todos trajam camisas brancas e calças jeans, idênticas. Vários carros
foram usados na invasão na madrugada desta quarta-feira (13).
Paulo Pimenta foi à embaixada no início manhã desta quarta,
convocado pelos diplomatas. Ele está no terreno da embaixada, do lado
externo. A invasão ocorreu por volta das 4h. Segundo o parlamentar, os
milicianos podem estar armados, mas não é possível ainda afirma com
certeza. "Mas não se trata de militantes, são mesmo milicianos pagos,
pelo que deu para notar das poucas palavras trocadas com eles", disse.
Os invasores apoiam o autoproclamado presidente da Venezuela, Juan
Guaidó, aliado das forças que tentam um golpe contra o governo de
Nicolás Maduro.
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) está nos portões da
embaixada, mas não entrou, pois trata-se de território venezuelano. A PM
não agiu contra o líder dos invadores, que foi expulso da embaixada.
Fonte Brasil 247
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